Exposição de medalhas, cédulas e moedas raras em cartaz no campus

Artigos poderão ser vistos no dia 2 de dezembro, no Centro de Interesse Comunitário, no Campus A.C. Simões, em Maceió

27/11/2014 17h06 - Atualizado em 02/12/2014 às 12h04
Professor Tarcísio, numismata há mais de 15 anos

Professor Tarcísio, numismata há mais de 15 anos

Déborah Moraes – estudante de Jornalismo

Numismatas e apreciadores de moedas, medalhas e selos raros já podem conferir a 1ª Exposição de Numismática: Do Real ao Real e do Mundo Inteiro, no Centro de Interesse Comunitário (CIC), no Campus A.C. Simões, em Maceió, das 8h às 18h.

O evento é promovido pelo Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema), em parceria com o Clube Filatélico e Numismático de Alagoas (Clufinal). A iniciativa é do professor Luiz Tarcísio Martins, engenheiro civil e arquiteto, e de alunos da disciplina de Perícia e Avaliação de Imóveis, do curso de Engenharia de Agrimensura e reune cerca de três mil peças, datadas de 1816 até a atualidade.

Os itens que estão expostos fazem parte do acervo particular do professor idealizador e serão divididos em painéis selecionados por continente e por países, com temáticas livres, juntos com mostras de cédulas em polímeros (cédulas de plástico), moedas da copa de 2014 e medalhas do Vaticano em diversos metais. A exposição também contará com banners contendo todos os padrões monetários do Brasil, apresentação de algumas curiosidades e exibições de vídeos sobre a numismática no Brasil e de outros eventos mundiais.

Coleção pessoal

Atualmente, Luiz Tarcísio, numismata há mais de 15 anos, possui uma coleção histórica de medalhas, cédulas e moedas oriundas de 120 países, formada por doações e compras, iniciada com uma simples moeda de réis, ainda na infância. Desde criança, ele tinha apreço por colecionar tais artigos, mas somente após a divulgação de seu acervo numismático numa revista de arquitetura, em 2001, foi que ele passou a se empenhar para organizar sua coletânea.

“Eu tenho uns 200 quilos de moedas, muitas possivelmente duplicadas. Por isso, minha intenção é montar um núcleo aqui na Universidade, para ficarmos trocando dinheiro e fundar um museu de numismática da Ufal”, contou o professor.

O projeto, que não é de hoje, prevê transformar o prédio do antigo Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), que fica na Praça da Faculdade, Centro da cidade, em um museu multimodal, no qual haveria uma sala exclusivamente dedicada para receber moedas e medalhas. “Esperamos que a Ufal possa nos presentear com o local, para que possamos lhe oferecer um acervo básico e iniciemos uma campanha de doação, que, certamente, contará com muitos colaboradores apaixonados por essa arte”, finalizou.

O professor explicou, ainda, que Alagoas é um dos poucos estados onde o movimento numismático é pouco conhecido, não por falta de colecionadores, que são muitos. “Isso se deve à falta de incentivos como, por exemplo, locais específicos para reuniões, exibições, mostras e trocas de peças”, declarou.

Segundo ele, o único espaço que a classe conta é o Clufinal, fundado em 1977, que agrega os numismatas e os filatelistas de Maceió, com duas reuniões mensais na agência sede dos Correios, no Centro, e que não tem vínculo com a Ufal, apesar muitos de seus sócios pertencerem à comunidade universitária. 

Para Tarcísio, a exposição, a exemplo de outras mostras parecidas que já foram realizadas no Centro de Ciências Agrárias (Ceca) e na Biblioteca Central em anos interiores, não é só uma forma de agradecer e homenagear muitos colaboradores. “É também uma maneira de divulgar a Numismática e incentivar a Universidade a se tornar um espaço para a difusão dessa especialidade”, justificou.

A visitação é gratuita e estará aberta para pesquisadores, colecionadores, grupos de escolas e toda comunidade. Mais informações pelo telefones: (82) 3328-3730 e (82) 8804-8666. 

O que é Numismática?

Apesar de hoje ser empregado como o ato de colecionar moedas, o termo numismática é o estudo essencialmente científico das moedas, medalhas e objetos monetiformes, como, por exemplo, os jetons (emitidos por corporações a fim de identificar os seus membros) e os pesos monetários (que servem para conferir os pesos das moedas em circulação), a partir dos quais é possível conhecer as origens de um país, seu passado, principais características, personalidades que marcaram seu povo. Além de empregar a esses itens valor artístico,  o que tem contribuído muito para a sua apreciação e divulgação.

No Brasil, a ciência se desenvolveu a partir do século 19, seguindo o modelo europeu, com enorme participação da aristocracia brasileira. Apesar de esforços, ela ainda não é muito bem difundida como em outros países, mas possui vários grupos de colecionadores, além de cursos e literatura sobre a sua evolução.

Serviço:

1ª Exposição de Numismática: Do Real ao Real e do Mundo Inteiro
Local: 
CIC (Centro de Interesse Comunitário), Campus A.C. Simões, em Maceió
Período: 2 de dezembro – Terça-feira (Único dia)
Horários para Visitação: 8h às 18h
Entrada Franca