Alagoas recebe a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte

Grupo se apresentou na última quinta-feira (30) no Teatro Deodoro

06/11/2014 12h57 - Atualizado em 10/11/2014 às 11h10

Natália Oliveira - estudante de Jornalismo 

A Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) fez uma apresentação especial na Quinta Sinfônica de outubro, realizada no último dia 30, no Teatro Deodoro. Com um público de 500 pessoas, o grupo potiguar trouxe o talento em um espetáculo de uma hora e meia de duração, com a execução de três obras: Capricho Italiano opus 45, do compositor russo, Pyotr Ilyich Tchaikovsky; Concerto para Violino Nº3 em Sol maior e K.216, de Wolfang Amadeus Mozart e, e a 5ª Sinfonia de Beethoven.

Criada em 1998, pelo maestro André Muniz, a Orquestra Sinfônica da UFRN é formada por músicos alunos dos cursos técnicos, de graduação e pós-graduação da Escola de Música da Universidade. O grupo teve suas atividades pausadas por seis anos, período em que o regente se ausentou para dedicar-se ao doutorado. Retomada em 2009, a Orquestra recebeu em cinco anos diversos prêmios, como o “Prêmio Hangar” de melhor espetáculo e o Troféu Cultura de Melhor Show do Ano de 2012.

A ideia de trazer o grupo para uma participação especial dentro da Quinta Sinfônica surgiu há três anos, quando o Pró-reitor de Extensão da Ufal, Eduardo Lyra, assistiu à apresentação da orquestra durante um seminário na UFRN. Somente em julho deste ano, porém, a vinda do grupo foi confirmada. 

Durante os últimos três meses, além da preparação para a temporada de concertos clássicos em Natal, o grupo ensaiou também o espetáculo da Quinta Sinfônica. De acordo com o regente André Muniz, a escolha do repertório foi pensada para o público e os próprios músicos da Orquestra. “Optamos por um repertório com um bom nível técnico. A peça Capricho Italiano opus 45, por exemplo, é desafiadora para os instrumentistas de corda e trompetistas. Ao mesmo tempo, queríamos algo que pudesse interagir com o público, como a 5ª Sinfonia de Beethoven”, destacou.

Na opinião do regente, a resposta da plateia é resultado da iniciativa do evento Quinta Sinfônica, que em quatro temporadas, conquistou um público fiel. “Um ponto que me chamou atenção: aqui em Maceió, em nenhum momento, alguém aplaudiu entre os movimentos da peça. Isso não acontece nos concertos em Natal”, ressaltou. 

Com um resultado além das expectativas, André Muniz pretende expandir a relação entre os cursos de Música das duas universidades. “A ideia é cada vez mais juntar nossas estruturas. Tirando a Universidade Federal do Pará (UFPA), somos as duas únicas escolas técnicas de música dentro das universidades brasileiras. Isso faz com que tenhamos missões aproximadas. Queremos sedimentar essas pontes, fazer a circulação de estudantes e profissionais. Em 2015, será a nossa vez de recebermos a Orquestra Sinfônica da Ufal.”