Ufal comemora Dia Mundial da Alimentação com programação variada

Atividades foram promovidas pela Faculdade de Nutrição enfocando o tema: O preço dos alimentos: da crise à estabilidade

16/10/2014 17h58 - Atualizado em 16/10/2014 às 18h01
Professora Maria Alice, coordenadora do laboratório de Nutrição em Saúde Pública

Professora Maria Alice, coordenadora do laboratório de Nutrição em Saúde Pública

Diana Monteiro – jornalista

Palestras, exibição de filme, mesa redonda, apresentação de trabalhos, seminário e debates, marcaram nesta quinta-feira, 16, o Dia Mundial da Alimentação, em evento promovido pela Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Alagoas, realizado no auditório da Reitoria. Este ano, teve como tema O preço dos alimentos: da crise à estabilidade, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), contou com participação do Movimento de Agricultura Familiar, Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa), e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-AL) e foi promovido pelo Laboratório de Nutrição em Saúde Pública e Coordenação de Extensão da Fanut.

Quem não tem amor à natureza nunca vai ser um produtor agroecológico”, destacou Maria Lucilene dos Santos, presidente da Associação de Atividade Agropecuária (Aproagro), do Estado de Alagoas, e integrante do Assentamento Zumbi dos Palmares, onde vivem 123 pessoas. Ela foi uma das convidadas para a mesa redonda sobre Agricultura Familiar e a produção de alimentos orgânicos: experiências e desafios, coordenada pela professora Maria Alice Araújo, também coordenadora do Laboratório de Nutrição em Saúde Pública, da Fanut.

Maria Lucilene destacou, na oportunidade, as dificuldades existentes enfrentadas pelos agricultores familiares para a produção de alimentos orgânicos como: conquista da terra, convivência, organização, produção, comercialização dos produtos e a consciência da sociedade para a valorização à atividade, que antes de tudo tem preocupação com a saúde do ser humano. “Há ainda muito preconceito e tabus quanto à agricultura familiar, mas o movimento tem se fortalecido pelas parcerias que tem conseguido firmar, mesmo sabendo que a luta ainda é muito grande”, enfatizou. A agricultora, que também é cordelista, encerrou a palestra declamando uma poesia de sua autoria no estilo Literatura de Cordel retratando a luta e sua vivência como agricultora familiar: “Aqui falo coisas que vivo”, enfatizou.

A professora Leiko Asakura, coordenadora de extensão da Faculdade de Nutrição, ao destacar a importância do Dia Mundial da Alimentação enfocando O preço dos alimentos: da crise à estabilidade disse que o tema proporcionou um amplo debate envolvendo à universidade, poder público e o movimento de agricultura familiar, além de oportunizar aos participantes o conhecimento sobre a produção e consumo e tudo que envolve esse processo como preço, segurança alimentar para que as pessoas tenham acesso ao que é produzido de forma sustentável. “O tema é transversal à saúde da população porque envolve muito mais que o consumo do alimento”, frisou.

Também convidado para a mesma mesa redonda o coordenador do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Emater–AL, Antônio Neto Fernandes Cavalcante que destacou as ações da empresa para incentivo e apoio à agricultura familiar no Estado e apontou algumas dificuldades para a efetivação do trabalho, principalmente quanto ao reduzido quadro de recursos humanos. A Emater é dotada de oito gerências instaladas em todas as regiões do Estado para as atividades nas áreas de agricultura familiar e extensão, cadeia do leite, produção agroecológica e assistência técnica e extensão rural.