Oficina Dalcroze ensina vivência da música para melhorar vida de alunos

Professor considera que a musicalização da criança é fundamental para o desenvolvimento de outras habilidades

07/08/2014 19h05 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h26
Professor Iramar Rodrigues comanda as atividades

Professor Iramar Rodrigues comanda as atividades

Jônatas Medeiros - estudante de Relações Públicas

Até esta sexta-feira, 8, acontece a quinta edição da Oficina de Rítmica Dalcroze - Uma educação por música e para música, na Escola Técnica de Artes (ETA), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Os  alunos de música, dança, teatro, professores e interessados no assunto realizam atividades e recebem ensinamentos do professor Iramar Rodrigues, do Instituto Jaques-Dalcroze de Genebra, na Suíça.

A diretora da ETA e professora de música, Rita Namé, ressalta que a Pedagogia Dalcroze é uma pedagogia aplicada, tanto a alunos e professores de música, como de dança e de teatro. “Ela trabalha a música dentro de uma esfera corporal, gestual. Todos os elementos da música podem ser incorporados gestualmente e trabalhados para que haja um entendimento do universo musical. Então você pratica muito. Não é uma dança, é preciso aprender partituras musicais, mas o aprendizado é através do corpo e do gesto”, explicou.

No primeiro momento da oficina são realizados exercícios corporais nos quais os alunos precisam sentir a música e representá-la com gestos. Na segunda parte, são feitos outros exercícios utilizando objetos, como baquetas e palha chinesa, para representar gestos ao som do piano. Logo após, é ministrado um seminário que possibilita aos participantes um aprofundamento na Pedagogia Dalcroze e a obtenção de conhecimento sobre outros pensadores que estudaram o uso da música na educação de crianças.

E além dos alunos locais, pessoas de outros estados vieram para participar da Oficina Dalcroze na ETA. É o caso das educadoras musicais Ezra Mattivi e Alessandra Zabka, vindas do Rio Grande do Sul, onde trabalham com a musicalização de crianças no Colégio Sinodal, em São Leopoldo. “Para mim, a Pedagogia Dalcroze tem tudo a ver com meu trabalho com crianças, por conta da consciência corporal e da música. Esse entrelaçar é o que me encantou desde o primeiro curso que fiz, e já é a quarta vez que participo. O resultado é facilmente visto por meio do desenvolvimento da percepção da criança”, contou Ezra Mattivi.

Com experiência no tema e professor pela quinta vez da oficina, Iramar Rodrigues destaca a importância desse tipo de pedagogia. “A Dalcroze é inovadora porque utiliza o corpo como elemento de aprendizado. Nós trabalhamos a música, o corpo e o movimento. Os alunos que frequentam o Instituto Dalcroze de Genebra tem mais facilidade para memorizar assuntos relacionados à matemática, por exemplo. Então, a musicalização da criança é fundamental para o desenvolvimento de outras habilidades”, finalizou.