Ufal irá integrar a equipe de docentes da Escola de Conselhos de Alagoas

A escola vai atuar na formação continuada de Conselheiros Tutelares em defesa dos direitos das crianças


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À esquerda, Nelma Nunes,ao centro, Márcia Oliveira e a direita Juliana Alves

À esquerda, Nelma Nunes,ao centro, Márcia Oliveira e a direita Juliana Alves

Ascom Ufal 

No último dia 29 de abril, no auditório da Escola de Magistratura de Alagoas, várias entidades ligadas à defesa e proteção da criança e do adolescente no Estado, estiveram reunidas para a implantação do Núcleo de Formação Continuada de Conselheiros de Direitos e Tutelares do Estado de Alagoas (Escola de Conselhos). A concretização dessa proposta, firmada entre Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República faz parte de uma das ações previstas no Plano Nacional de Direitos Humanos e tem como maior objetivo a formação continuada de todos os conselheiros tutelares e de direitos do Estado. 

Para que a Escola possa desenvolver com qualidade suas ações, foi constituída uma equipe especializada que, além de ter experiência com a temática dos Direitos Humanos, já atuou em trabalhos anteriores na área da criança e do adolescente e da educação popular. Entre os docentes que farão parte desta equipe, está a pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação, Juliana Alves, que recentemente defendeu a pesquisa de mestrado intitulada "Educação em Direitos Humanos na Escola Pública: uma análise das práticas pedagógicas”.  

Segundo a pesquisadora , a implantação da Escola de Conselhos, é um passo importante que o Estado tende a dar. "Para que os direitos humanos, além de ser reconhecidos, possam ser transformados em ações concretas, principalmente, no que diz respeito às questões relacionadas à proteção e defesa da criança e do adolescente, algo que exige ações imediatas no contexto alagoano", relata Juliana Alves. 

Representar a Ufal na Escola de Conselhos é uma tarefa considerada desafiadora pela professora. "Com certeza, não teremos um trabalho fácil pela frente. Afinal de contas, atuar num processo formativo em que o fio condutor são os direitos humanos, em um contexto onde esses têm sido tão violados, é sempre um grande desafio, o que não significa que não possamos contribuir para que esta realidade seja transformada”, acredita Juliana. 

As ações da Escola estão previstas para serem iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano. Ao todo serão dezessete turmas ofertadas em treze cidades–polos: Arapiraca, Batalha, Coruripe, Delmiro Gouveia, Maceió, Maragogi, Messias, Penedo, Porto Calvo, Santana do Ipanema, senador Rui Palmeira, União dos Palmares e Viçosa. Com a institucionalização da Escola de Conselhos de Alagoas, o Brasil passa a somar em torno de 13 Escolas, entre todas as regiões do país. 

legenda da foto: à esquerda, Nelma Nunes, representante do Governo de Alagoas, ao centro, Márcia Oliveira, coordenadora da Campanha Permanente  "Não bata, eduque!", e à direita, Juliana Alves, pesquisadora da Ufal e professora da Escola de Conselhos