Leitura expressiva é destaque na festa literária

Iniciativa é fruto de projeto de extensão da Ufal e Uneal


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A leitura expressiva

Myllena Diniz – estudante de Jornalismo

O mundo da leitura tomou conta da Sala de Vidro, como foi apelidada a Sala Caetés. Na terça-feira (29), as professoras universitárias Eliana Kefalás, Claudia Pimentel e Eliane Bezerra trouxeram para a 6ª Bienal um pouco do trabalho desenvolvido pelo projeto de extensão Histórias de Leitura. Também participaram da atividade alunos das universidades Federal de Alagoas (Ufal) e Estadual de Alagoas (Uneal), componentes do projeto. 

Na ocasião, o grupo apresentou como a expressividade pode transcender o universo literário e motivar atividades diversificadas nas escolas. Muito além do universo infantil, a leitura expressiva desperta em pessoas de todas as idades a confiança e o bom domínio de texto.
Segundo Eliana Kefalás, o projeto trabalha três elementos: leitura, voz e corpo. “Nós desenvolvemos ações de prática da leitura expressiva na sala de aula. Então, buscamos dar vida e pulsação aos textos. Isso é fundamental, porque muitos pensam na leitura como acúmulo de informação, mas a literatura também é arte. Trabalhar a expressividade é recuperar a dimensão artística do texto literário”, enfatizou.

O projeto tem despertado o interesse dos alunos da academia e, atualmente, possui quinze integrantes. Os reflexos da extensão já são vistos na comunidade alagoana, que conta com dez escolas da rede pública beneficiadas com a atividade de estímulo à leitura. “Percebemos que a iniciativa eleva a autoestima dos estudantes e que a procura pelo projeto tem sido grande. A experiência com a cultura e a leitura expressiva tem causado uma identificação entre os alunos”, reforçou Claudia Pimentel.

Organizador da Festa Literária de Marechal Deodoro (Flimar), Carlito Lima acompanhou a apresentação na Sala de Vidro e declarou encantamento pelo projeto. “Temos índices cruéis de leitura no Brasil. Aqui, em Alagoas, temos outro péssimo dado: 25% da população sabe interpretar um texto. Então, o que eu vi aqui foi uma revolução!”, ressaltou.