Semana de Economia debate as pesquisas sobre desenvolvimento de Alagoas

O curso também comemora a certificação com selo 4 estrelas no Guia do Estudante

04/09/2013 12h55 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h30
Estudantes e professores acompanharam as palestras. A semana prossegue até sexta

Estudantes e professores acompanharam as palestras. A semana prossegue até sexta

Lenilda Luna - jornalista 

A Semana de Economia foi aberta na manhã desta quarta-feira, 4, no auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac) da Universidade Federal de Alagoas. O evento é realizado todos os anos para comemorar o Dia do Economista, que é 13 de agosto. "Como este ano a data coincidiu com o período de provas finais e recesso, decidimos transferir para o início de setembro, assim pudemos integrar os estudantes novatos com os veteranos e compartilhar as pesquisas em desenvolvimento", disse o diretor Luiz Antônio Cabral. 

Na abertura, foi realizada uma mesa redonda sobre desenvolvimento em Alagoas, com a participação de sete professores que integram uma comissão responsável por uma pesquisa que começou há um ano, por solicitação da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). "A proposta é aprofundar os estudos sobre como Alagoas se localiza nesse contexto de mudanças estruturais na região Nordeste. A pesquisa propõe uma nova abordagem, para entender como este processo está ocorrendo e quais são as políticas públicas que podem ser aplicadas para estimular o desenvolvimento", explica Francisco Rosário, professor de Economia, integrante do grupo. 

Os professores que participam da pesquisa, além de Francisco Rosário, são: Reynaldo Rubem, Ana Milani, Dilson Sena, Cid Olival, Thierry Prates, Keuler Hissa. Eles já apresentaram os primeiros resultados do estudo à Fapeal, sobre o fortalecimento empresarial para Alagoas. "É um mapeamento de janelas de oportunidades locacionais, ou seja, quais são os setores produtivos já em atividade no Estado que estão em sintonia com o crescimento econômico no Nordeste", ressalta o professor Francisco Rosário. 

A pesquisa também levanta os fluxos comerciais de Alagoas com os demais Estados brasileiros. Sobre esse estudo, será lançada uma publicação pelo BNDES, com dados de 2006. " Mas o nosso estudo mais recente vai apresentar dados de 2007 a 2011, com informações sobre o que compramos de outros Estados e o que estamos vendendo. Uma publicação com os primeiros resultados deve ser lançada até dezembro", informa Francisco.  

Um outro aspecto importante da pesquisa é a avaliação do impacto de compras públicas nas microempresas de Alagoas. "Precisamos entender melhor o papel do produtor informal, do micro empreendedor individual, ou seja, da costureira, do artesão, na economia dos municípios mais pobres de Alagoas. Desta forma, a Feac está gerando competências para entender o Estado de forma sistemática", destaca o pesquisador. 

A Semana de Economia prossegue até sexta-feira, 6. Nesta quarta-feira, a partir de 20 h, em referência aos 40 anos do assassinato do militante político alagoano, Manoel Lisboa, durante a Ditadura Militar, Magno Francisco, do Centro Cultural Manoel Lisboa, debate o tema: "As manifestações de junho possuem motivações econômicas?". Na quinta-feira pela manhã, será debatida a comercialização de hortigranjeiros no Ceasa. As palestras de quinta-feira à noite e de sexta-feira podem ser consultadas no anexo. 

O diretor Luiz Antônio Cabral destaca ainda que a Semana de Economia acontece no período em que a unidade recebeu a notícia do avanço no ranking das melhores faculdades brasileiras, de acordo com o Guia do Estudante, passado de três para quatro estrelas. "Isso se deve ao empenho dos nossos docentes, dos técnicos-administrativos e também dos nossos estudantes, que se dispõem a participar de projetos de pesquisa e apresentar estudos em eventos nacionais e internacionais, o que qualifica cada vez mais o nosso curso", comemora o diretor. 

Esforço coletivo 

Para a professora Ana Milani, vice-coordenadora do curso de Economia, passar de 3 para 4 estrelas e ser  apontado como um dos melhores cursos de referência no país,  é a concretização de  um esforço coletivo, do empenho e de muito orgulho para a comunidade acadêmica.   “No Nordeste são poucos os cursos de Economia que detêm 4 estrelas”, frisa.

Tendo a maioria do corpo docente formada por doutores e mestres,   o curso de Economia da Ufal foi implantado em 1954 e foi um dos que originaram a criação da instituição alagoana em 1961. A professora Ana Milani informa que para um curso ser estrelado são definidos critérios, entre eles,  produção acadêmica, empenho para publicações nacionais e internacionais, qualificação docente e infraestrutura.

Visando a qualificação acadêmica e profissional dos futuros profissionais da área em ensino, pesquisa e extensão tem em desenvolvimento vária ações. Oferta desde 2010, o Mestrado de Economia Aplicada, além de várias especializações. Está também na estrutura do curso o Telecentro de Empreendedorismo Polo de Educação a Distância.