Mestrando em Economia vai apresentar artigo sobre produção econômica do Nordeste

Será durante o Congresso Brasileiro de História Econômica; aluno destaca a importância da Iniciação Científica para a formação do pesquisador

16/08/2013 13h30 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h30
Aubert ressalta que a participação na iniciação científica foi importante para a formação dele

Aubert ressalta que a participação na iniciação científica foi importante para a formação dele

Lenilda Luna - jornalista

O aluno do mestrado em Economia, Rafael Aubert de Araújo Barros, se prepara para apresentar um artigo científico analisando as hipóteses do historiador e economista, Manuel Correia de Andrade, sobre a produção econômica do Nordeste. A apresentação do trabalho será feita no Congresso Brasileiro de História Econômica, que será realizado em Juiz de Fora, Minas Gerais, nos dias 9 a 11 de setembro.

A pesquisa que o aluno está desenvolvendo no mestrado é fruto de um estudo que começou antes, durante a graduação. Ainda como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), em outubro do ano passado, Rafael Aubert apresentou o artigo "Revisitando Manuel Correia de Andrade e a formação econômica nordestina: a questão das atividades econômicas", elaborado com a orientação do professor Luiz Eduardo Simões de Souza, professor Adjunto da Ufal e doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo, durante a IV Conferência Internacional de História Econômica.

Para o professor Luiz Eduardo, o exemplo de Rafael Aubert reforça a necessidade de investir em produção científica desde a graduação. "Rafael é um aluno bastante produtivo no mestrado, graças a experiência adquirida como bolsista de iniciação científica. Inclusive, o projeto de pesquisa dele é um desenvolvimento do que ele já vinha estudando na graduação. Isso demonstra o quanto é importante incentivar a formação de pesquisadores desde cedo. A produção científica não acontece só na pós-graduação. O aluno precisa ser capacitado a pesquisar", destaca o professor.

Segundo  Luiz Eduardo Simões de Souza, o Pibic deveria fazer parte de um planejamento estratégico das universidades. "Ainda vejo alguns professores que vêm com menos relevância a pesquisa de um graduando. Não têm muita paciência para orientar os trabalhos nesta fase inicial. Mas esse é o momento de corrigir distorções, quando o aluno ainda está mais flexível e pondera mais sobre as colocações do orientador. Além disso, esse é o momento de aprender o método de pesquisa científica", explica o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Ufal.

Entusiasta da Iniciação Científica e orientador de vários bolsistas da graduação, Luiz Eduardo destaca que o professor também aprende ao acompanhar o desenvolvimento dos pesquisadores mais jovens. "O orientador de iniciação científica precisa ser mais didático, ensinar as bases do tratamento de problemas científicos. Dessa forma, o professor também encontra a sua forma de orientar. Além disso, o Pibic permite dar mais visibilidade à instituição, que se destaca pela participação dos alunos em eventos científicos e pela publicação de artigos. Esses espaços estão ficando mais flexíveis à participação de graduandos", destaca Luiz Eduardo.

Rafael Aubert concorda com o professor. Para ele, participar como mestrando de encontros e conferências de pesquisa é muito mais tranquilo por ter uma experiência anterior. "Na graduação, você enfrenta as apresentações científicas com menos pressão, menos exigência. É a hora de aprender, de corrigir, de encarar as avaliações. Desta forma, adquirimos um conhecimento que serve como base para enfrentar as exigências mais rigorosas de uma pós-graduação", conclui Aubert.