Fapeal promove manhã de debate sobre divulgação científica

Democratização da ciência, letramento e alfabetização científica, empreendedorismo científico e estereótipos da ciência estavam entre os temas

26/04/2013 15h07 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h31
A professora e jornalista Alessandra Brandão iniciou os debates

A professora e jornalista Alessandra Brandão iniciou os debates

Jacqueline Freire – jornalista colaboradora

A divulgação e a popularização da ciência foi o tema da manhã desta sexta, 26, no ciclo de debates promovido pela Fapeal no 1º Alagoas Caiite. A discussão girou em torno de temas como democratização da ciência, letramento e alfabetização científica, empreendedorismo científico, estereótipos da ciência, escola e mídia, além da dualidade entre jornalistas e cientistas.

A jornalista e professora da Universidade Estadual da Paraíba, Alessandra Brandão, iniciou o debate com o tema “Comunicação e Ciência: uma análise dos desafios para a popularização do conhecimento científico”. Segundo ela, a divulgação da ciência é uma necessidade, já que a sociedade deve entender como as descobertas científicas interferem em seu cotidiano. “A ciência é tão séria que não deve ficar somente nas mãos de cientistas, ela deve estar também na sociedade”, explicou.

Já o professor da USP, o pesquisador Ricardo Alexino Ferreira, trouxe o questionamento sobre “Conhecimento, espetacularização da ciência, desenvolvimento social, informação sensacionalista ou marketing institucional”. Para o pesquisador, os jornalistas e os cientistas devem sempre se questionar se a divulgação científica é feita em prol de um mundo melhor ou para fazer marketing institucional. Além disso, o jornalista deve fazer a ciência dialogar com a comunidade, narrando histórias e trabalhando como um pesquisador. “O jornalista não é um mero tradutor de ciência. Ele é um intérprete, e como tal, deve questionar o que sabe, e sempre estudar mais, buscar mais de uma fonte e não ser subserviente”.

As palestras foram mediadas pela professora da Ufal Magnolia Rejane, que destacou a importância do pesquisador perceber que não é “senhor do conhecimento”. Ela traçou ainda o papel da Fapeal no fomento às pesquisas e divulgação das pesquisas da Ufal e o papel dos palestrantes para o conhecimento da ciência pela sociedade.