Pesquisas de estudantes de Economia se transformam em livro

O objetivo da publicação é o de sistematizar o conhecimento sobre as maiores feiras populares da capital

03/12/2012 09h30 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h36

Divulgação com Redação da Ascom

A Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas – realiza o lançamento, nesta segunda-feira, 3, no auditório da Secretaria Estadual de Planejamento, às 15h,  do livro “As feiras livres de Maceió – perfil socioeconômico”. A publicação é o resultado de oito pesquisas realizadas por economistas recém-formados pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac) da Universidade Federal de Alagoas. Estas pesquisas foram elaboradas por alunos mestrandos ou bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) como trabalho de conclusão de curso na área de Economia.

O objetivo da publicação – uma parceria entre a Desenvolve e a Ufal – é o de sistematizar o conhecimento sobre as maiores feiras populares da capital. As oito pesquisas foram realizadas nas feiras livres do Tabuleiro do Martins, Jacintinho, Jatiúca, Bebedouro, Graciliano Ramos, Eustáquio Gomes, Feira Agroecológica (Jaraguá) e Benedito Bentes. Em cada uma dessas feiras foi levantado o histórico, o número atual de pontos comerciais e as razões de sua localização.

O estudo, com muitos mapas e quadros, contempla informações detalhadas sobre o perfil dos feirantes, como local de nascimento, nível de renda e escolaridade, tempo de atividade, quantidade e origem dos produtos comercializados. Os consumidores também tiveram seus perfis levantados na pesquisa, que detalha o local de moradia, o nível e a origem de sua renda, a escolaridade, a frequência com que utiliza a feira e as razões pelas quais compra naquele canal de comercialização.

Os problemas de cada um desses espaços de comercialização foram levantados pelos jovens pesquisadores: Ádamo Vilela, Alan Rodrigues, Anderson Henrique de Araújo, Camila Ribeiro Cardoso, Célio Cabral, Jarpa Aramis Andrade, Sandrine Amorim e Thiago Paiva Ferreira. As oito pesquisas apontaram problemas semelhantes, que vão desde a falta de crédito e de apoio técnico a problemas administrativos como segurança, limpeza, iluminação, sinalização, padronização das barracas e espaços para estacionamento de motos e bicicletas. Essas informações sobre o perfil socioeconômico dos feirantes e o potencial das feiras populares levaram a Desenvolve a propor um programa específico de crédito dirigido aos comerciantes dessas unidades.

O coordenador da pesquisa e orientador dos trabalhos de conclusão de curso, professor Cícero Péricles de Carvalho, fez a apresentação do livro, na qual explica: “Nas mais de uma centena de feiras livres de Alagoas passam, semanalmente, mais de um milhão de pessoas, um terço da população. Com a expansão do consumo dos chamados segmentos C e D de consumo, os assalariados pobres, as feiras tiveram um forte movimento de crescimento”. As feiras livres, segundo o pesquisador, são uma fonte permanente de criação de empregos, renda, ocupação e impostos.

Para o economista e professor da Ufal, o projeto de pesquisa das feiras livres continua em vigor, mas, desta vez, o estudo foi ampliado para todo o território de Alagoas. “As feiras necessitam, atualmente, de pequenos investimentos para sua modernização, superando as deficiências que limitam seu crescimento, abrindo possibilidades de que sejam, cada vez mais, 'janelas abertas' para o setor produtivo alagoano, principalmente as micro e pequenas empresas, assim como o 'braço comercial' nos bairros mais períféricos e nas localidades mais distantes, onde os segmentos de renda crescente estão mais presentes”, completa Péricles.