Evento discute a problemática da seca no Estado de Alagoas

Ciclo de debates reúne alunos e especialistas para reflexões sobre o panorama socioespacial alagoano

05/12/2012 12h30 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h36

Myllena Diniz – estudante de Jornalismo

Na próxima segunda-feira (10), o Laboratório de Estudos Socioespaciais do Nordeste (Lene) promove o ciclo de debates O panorama socioespacial de Alagoas em 2012: a questão da seca. A programação será realizada nos auditórios da Reitoria e do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (IGDEMA) da Universidade Federal de Alagoas, das 8h às 22h30. As inscrições são gratuitas e acontecem de 5 a 7 de dezembro, na secretaria do IGDEMA ou via cadastro on-line.

Sob a coordenação dos professores Domingos Corrêa e Marta Luedemann, o evento tem como objetivo promover discussões sobre os graves problemas causados pela seca no Nordeste brasileiro. Além de abordar os aspectos naturais relacionados ao fenômeno, o debate também tem como ênfase o caráter humano da sociedade, da economia e da política do Estado de Alagoas.

Apesar das recentes transformações na economia da região nordestina, a seca ainda é uma preocupação no território alagoano. Panorama apresentado pelo Lene demonstra que, a cada década, cerca de 10% da população agrestina e sertaneja migra para as cidades. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos 2000 e 2010, houve redução para 5,4% do processo migratório. No entanto, a seca e o contexto socioeconômico de Alagoas ainda atingem cruelmente os nordestinos, de modo que 27,05% da população rural está em situação de extrema pobreza, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Programação do evento

Para o período da manhã, está prevista a realização da mesa-redonda A seca em Alagoas: desafio ou ruptura?, no auditório da Biblioteca Central, ministrada pelos professores Cícero Péricles de Carvalho, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac); Marcos Dantas de Oliveira, da Empresa de Assistência e Extensão Rural (Emater) e da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal); e Antonio Alfredo de Carvalho, do IGDEMA.

A programação do encontro prossegue com a mesa-redonda Panorama hidrográfico e investimentos públicos: perspectivas do Canal do Sertão e da Transposição do Rio São Francisco para Alagoas, no auditório do IGDEMA, sob o comando dos professores José Vicente Ferreira Neto, do IGDEMA; Odilon Máximo de Moraes, da Uneal; Guillermo Vajas Hernadez, da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande); e Rochana Andrade Lima Santos, do IGDEMA.

Em paralelo a discussão sobre a hidrografia local, o ciclo de debates também apresenta a mesa-redonda A abordagem da seca no Nordeste no ensino fundamental e médio em História e Geografia, no miniauditório da Biblioteca Central, por meio dos professores Maria Ediney Ferreira da Silva; José Roberto Santos Lima, do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca); e Ana Paula Lopes da Silva, do IGDEMA.

A programação será encerrada com o debate As determinações dos ritmos climáticos sobre a produção sertanjea e agrestina de Alagoas, no auditório da Biblioteca Central, com a presença de Hélio Fonseca Pereira, representante do IBGE, e dos professores Luiz Carlos Baldicero Molion, do Instituto de Ciêncies Atmosféricas (Icat), e Marta Silveira Luedemann.

Os debates contribuem com a análise da formação econômica, dos problemas sociais e das condições da pequena, da média e da grande produção agrícola e pecuária. Além disso, a discussão pretende apresentar informativos sobre a produção leiteira, os investimentos públicos, os regimes hídricos, os ritmos climáticos, a história da seca na região e a abordagem da temática nos livros didáticos.

Confira a programação no arquivo em anexo