Professor incentiva produção científica dos alunos de graduação

Luis Eduardo estimula seus alunos a produzirem artigos científicos e participarem de eventos acadêmicos


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Professor Luiz Eduardo Simôes (sentado) e os estudantes Rafael Aubert e Tallyta Gusmão

Professor Luiz Eduardo Simôes (sentado) e os estudantes Rafael Aubert e Tallyta Gusmão

Lenilda Luna - jornalismo

O aprendizado em sala de aula é a base fundamental para os alunos de graduação em qualquer área de conhecimento. Mas, com tantas oportunidades de intercâmbio e o crescimento do número de bolsas de iniciação científica, os estudantes estão sendo estimulados a produzir pesquisa científica cada vez mais cedo. Nesse aspecto, a orientação do professor é apoio importante para os primeiros passos na carreira acadêmica. "O aluno que pensa numa carreira na universidade precisa buscar densidade acadêmica e começar assim que possível a participar de grupos de pesquisa", orienta Luiz Eduardo Simões de Souza, doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP) e professor da Faculdade de Economia e Contabilidade (FEAC) da Universidade Federal de Alagoas.

Na Faculdade de Economia e Contabilidade, que conta com Mestrado e Doutorado, os alunos  exercitam a prática da profissão nas empresas juniores, mas a produção teórica não pode ser esquecida." Popularizar o conhecimento não é vulgarizar. Queremos que os conceitos de economia sejam entendidos por toda a sociedade, mas cabe aos alunos de economia estudarem, porque são eles que vão divulgar a disciplina sem empobrecer a teoria ou a explicação que a teoria traz da realidade, para fazer sucesso fora da academia", ressalta o professor.

Artigos são apresentados em seminários da área

Nos dias 9 e 11 de outubro, foram realizados dois eventos simultâneos na USP: a IV Conferência Internacional de História Econômica e o VI Encontro de Pós-Graduação em História Econômica. Em todo o Brasil, 120 trabalhos foram selecionados para apresentação durante os eventos, entre trabalhos de graduação e pós-graduação.

Dois alunos da graduação de Economia da Ufal tiveram os trabalhos aceitos: "Território e Crises Econômicas sob a visão de Sistemas-Mundo", de Tallyta Rosane Bezerra de Gusmão, e "Revisitando Manuel Correia de Andrade e a formação econômica nordestina: a questão das atividades econômicas", de Rafael Aubert de Araújo Barros, com a parceria do professor Luiz Eduardo Simões de Souza.

O artigo apresentado por Tallyta Gusmão fez uma análise comparativa das teorias sobre crise e território na história econômica e do pensamento econômico, embasado em teóricos como Giovanni Arrighi e Fernand Braudel, sobre sistemas mundo e a dinâmica do capitalismo. Já o trabalho de Rafael Aubert estudou as teorias do geógrafo, historiador e economista Manuel Correia de Andrade, referências sobre a formação econômica do nordeste brasileiro.

Para os dois alunos, participar com trabalhos em seminários internacionais é uma grande experiência. "Percebemos, nestes encontros, que temos um nível de aprendizagem muito bom e podemos debater ideias sobre o desenvolvimento econômico do Nordeste com estudantes de economia de outras escolas, sem nos sentirmos defasados. Temos um grande estímulo para estudar depois de uma vivência como essa", relata Rafael.

O professor Luiz Eduardo reforça a importância destas experiências extracurriculares em eventos científicos. "Aqui no curso de Economia posso dizer que temos um grande incentivo para participação nos congressos e seminários da área". Para garantir a participação desses alunos no evento, a direção buscou recursos junto à Fapeal.

Luiz Eduardo faz questão de alertar aos alunos que a vida acadêmica não começa no mestrado. "Na graduação eles estão mais livres para testar os conhecimentos, formular hipóteses, poder errar mais, refazer escolhas. É o momento certo para se dedicar a produção científica. Por isso, sempre oriento meus alunos a se engajarem em grupos de pesquisa e a se credenciarem para as bolsas de iniciação científica. Todo professor gosta de ver seus alunos crescendo, se destacando. Essa é a parte mais gratificante da profissão", destaca com entusiasmo.