Parceria entre Ufal e Iphan prevê benefícios para a Unidade de Penedo

Convênio também discute ações para o Museu de História Natural de Alagoas


- Atualizado em 06/05/2024 15h43
Professores da Unidade de Penedo participaram da reunião que levantou ações para o município
Professores da Unidade de Penedo participaram da reunião que levantou ações para o município

Myllena Diniz – estudante de Jornalismo

O reitor da Universidade Federal de Alagoas, Eurico Lôbo, e representantes da Unidade de Ensino da Ufal em Penedo estiveram em reunião com dirigentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na última sexta-feira (4), para discutir termos de cooperação entre as duas instituições. As ações levantadas envolvem o Cine Penedo e Albergue no mesmo município. O projeto também inclui a mudança do Museu de História Natural para o Pátio Ferroviário do Jaraguá, em Maceió.

Na reunião, foi sugerida a instalação de anexo próximo ao Cine Penedo, para que exista um espaço laboratorial de cinema na região. Para Eurico Lôbo, a execução da proposta não possui grandes dificuldades, mas a operacionalização da universidade necessita de cuidados. O diretor de Espaço Cultural e professor atuante no Festival de Cinema Universitário em Penedo, Sérgio Onofre, acrescentou que a iniciativa permite que sejam pensados diferentes formatos para ações direcionadas à sétima arte. “Nós podemos definir dias da semana que possam ser cedidos para ONGs ou para vários trabalhos filantrópicos”, complementou.

Outra questão pontuada para o município localizado ao sul do Estado de Alagoas é o funcionamento de albergue, cujas atividades devem assistir alunos da rede pública alagoana e atuar na formação de guias turísticos. Essa é uma ação que servirá como laboratório de hotelaria para graduandos do curso de Turismo da Ufal, com unidade em Penedo.

No entanto, esse último projeto apresenta algumas preocupações para a instituição. A procuradora-chefe da universidade, Valéria Carneiro, esteve presente na reunião e destacou os cuidados que a execução de atividades do albergue exigem. “A universidade deve ter um olhar cuidadoso para as questões que a posse do albergue envolve. Devem ser pensadas as responsabilidades da instituição e as responsabilidades das escolas dos alunos no que diz respeito à hospedagem desses jovens. Além disso, precisamos deixar bem definidos os segmentos e as obrigações da Ufal e do Iphan. Enfim, todas as arestas precisam ser fechadas”, avaliou.

A parceria entre a Ufal e o Iphan também visa a melhorias no funcionamento do Museu de História Natural (MHN), criado em maio de 1990. O espaço atua como órgão de apoio científico e cultural às atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, mas sofre com problemas estruturais. Por esse motivo, foram discutidas a transferência do MHN para o Pátio Ferroviário do Jaraguá, localizado na capital alagoana.

Segundo o superintendente substituto do Iphan, Marcos Rêgo, as perspectivas são positivas e a cooperação aumenta a interação entre o instituto e o corpo docente e discente da Ufal. “O convênio pretende desenvolver projetos por meio da universidade, com o apoio dos docentes e discentes. Dessa forma, a gente quer que a Ufal produza para o Iphan, por meio de cooperação. Os técnicos da universidade sentarão com os técnicos do instituto para fecharem todas as questões relacionadas a cada ação proposta, para que possam sair convênios específicos”, destaca.

De acordo com Marcos Rêgo, a previsão é de que as principais medidas sejam iniciadas após formalização jurídica. “As questões específicas estão sendo pensadas desde 2011 e, agora, poderão ser aprofundadas com auxílio da assessoria jurídica da Ufal”, acrescenta.

 

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