Minicurso debate crise internacional e consequências nos países emergentes

Evento traz a Maceió o professor Fernando Cardim, da UFRJ, referência nacional sobre o tema


- Atualizado em
Palestra ocorreu no auditório da Feac | nothing
Palestra ocorreu no auditório da Feac

Bruno Cavalcante – estudante de Jornalismo

A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em parceria com a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), promove esta semana o minicurso “A crise internacional e os impactos nas economias emergentes”. A atividade está sendo realizada no auditório da Feac e tem como convidado o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernando Cardim, doutor em Economia pela Rutgers, the State University of New Jersey.

A atividade é destinada aos alunos da pós-graduação, mas os da graduação também podem participar. Eles utilizam os manuais de economia monetária escritos pelo professor Cardim, autor de algumas hipóteses macroeconômicas estudadas pelos mestrandos. “Faz parte das atividades do curso trazer referências como Cardim para interagir com nossos discentes. Essa oportunidade de conhecer e debater temas com uma referência nacional nos possibilita criar uma referência teórica para os estudos em desenvolvimento da economia local”, explicou Francisco Rosário, coordenador do mestrado em Economia.

Os temas centrais do minicurso trazem a discussão sobre as possíveis saídas que os países de economias emergentes – caso do bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o chamado Brics –  deverão encontrar. Na avaliação do coordenador Francisco Rosário, existe uma incógnita de como a atual crise vai se desenvolver. “O Brics está trabalhando enquanto a crise acontece. Espera-se que ele sobreviva a uma possível recessão. Neste cenário, o Brasil em relação à China, tem um ponto negativo: a falta de poupança”, avaliou Rosário.

Para o coordenador, o Brasil, por outro lado, tem a vantagem de viver num regime democrático, somado à articulada estrutura institucional. “O crescimento chinês não passa confiança aos mercados mundiais. O Brasil está alinhado com as principais economias mundiais e isso o possibilita manter maiores relações comerciais, enquanto a China limita-se a cumprir o papel de um bom parceiro comercial”, completou.

Esse curso continua até esta quinta-feira, 10, mas o professor Rosário enfatiza que o mestrado tem um calendário de atividades até o fim do ano. Serão minicursos, palestras e seminários abertos à comunidade acadêmica.

O mestrado

A linha de pesquisa do mestrado em Economia da Ufal está baseada em duas teorias: a pós-keynesiana e a neo-schumpeteriana. A primeira retoma a teoria de John Keynes, realçando o papel da moeda, da especulação financeira e a incerteza dos empresários. A segunda, compreende os contextos socioeconômicos, tecnológicos e institucionais para explicar as trajetórias do sistema econômico.