Especialização em Análise Ambiental estimula pesquisas em sustentabilidade

Myllena Diniz – estudante de Jornalismo

O Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema) iniciou, na última segunda-feira (14), nova turma de especialização em Análise Ambiental. A formação contempla realização de trabalhos técnicos e científicos referentes à realidade ambiental, por meio de projetos de pesquisas destinados à divulgação e à solução de problemas na área.

A especialização em Análise Ambiental tem capacitado, desde 1980, profissionais de áreas do conhecimento com linha de atuação direcionada às problemáticas ambientais. Estudos e pesquisas relacionados ao planejamento, à organização do espaço e às avaliações de influências antrópicas no ambiente são desenvolvidos durante o curso, que possui 14 meses de duração. “Estudos em análise ambiental permitem que pesquisadores vivenciem a sustentabilidade e que profissionais de várias áreas sejam capacitados para a busca da sustentabilidade. Com isso, 60% do curso está voltado para a Geografia e para o desenvolvimento do meio ambiente, e 30% gira em torno da pesquisa específica do aluno”, esclareceu o coordenador da pós-graduação, Rildo Moura.

Além de geógrafos, outros profissionais participam da especialização, como biólogos, agrônomos, turismólogos e arquitetos. Rildo acrescenta que a diversidade dos alunos é importante para a promoção de discussões de alto nível e destaca a presença de alunos com bagagem de mestrado. “A turma mais recente da especialização em Análise Ambiental conta com quatro mestres e com profissionais que atuam no Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], no IMA [Instituto do Meio Ambiente de Alagoas] e na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos”, destacou.

Vários projetos importantes para Alagoas tiveram início na especialização em Análise Ambiental. Em Marechal Deodoro, pesquisas analisaram a poluição de recursos sólidos nos manguezais da região quando a maré está baixa. Outras pesquisas foram voltadas para o excesso de chuvas no Norte e para a seca no Nordeste do País, nas quais foram analisados a elevação do nível das águas e o desmatamento da vegetação ciliar – posicionada à margem dos rios.

Relevância

De acordo com o coordenador, o mercado está cada vez mais exigente e seletivo. Sob essa perspectiva, Moura destaca a necessidade da formação de profissionais especializados em assuntos ambientais voltados para o conhecimento e para o gerenciamento do meio ambiente. “A Geografia é uma ciência que tem na componente espacial uma das mais significativas linhas de estudo. Além de ter grande capacidade de integração multidisciplinar, se propõe à formação de profissionais nesta temática, em nível de especialização Lato Sensu”, ressaltou.