Reitor reúne-se com Justiça e MP em Arapiraca

Na terça-feira, Eurico Lôbo esteve com o corregedor-geral da Justiça e o governador em exercício para pedir mais segurança no presídio do município


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Reitor em reunião com o corregedor-geral James Magalhães

Mauricélia Ramos – jornalista

O reitor da Universidade Federal de Alagoas, Eurico Lôbo, reuniu-se na manhã desta quarta-feira (4), no Campus Arapiraca, com representantes da Justiça Estadual, do Ministério Público do Estado e da comunidade acadêmica, com objetivo de buscar solução imediata para o problema da insegurança provocada pela proximidade da Ufal do presídio daquela cidade. Desde a segunda-feira, quando detentos fugiram do presídio e invadiram o campus, o reitor busca ajuda para garantir segurança a servidores e estudantes.

Ontem, em assembleia geral, professores e alunos decidiram paralisar as aulas no Campus Arapiraca até que a questão seja solucionada. À tarde, em reunião com o corregedor-geral de Justiça, James Magalhães de Medeiros, Eurico Lôbo expôs a situação de insegurança e a decisão da comunidade acadêmica em suspender as atividades. O corregedor destacou a complexidade da questão e entendeu a necessidade de empenho para haver decisões concretas. “É preciso darmos resposta à sociedade com ações imediatas. Proponho que em reunião amanhã [hoje] com Ministério Público, Poder Executivo do Estado e de Arapiraca, façamos um protocolo de intenções, para que eu possa encaminhar ao Ministério da Justiça e tomar as providências legais”, disse.

Ainda na terça-feira, o reitor reuniu-se com o governador do Estado em exercício, José Tomás Nonô, e relatou que o número de agentes penitenciários do presídio de Arapiraca estava reduzido no dia da fuga. “Solicitamos reforço na segurança do presídio, pois na hora da fuga só havia sete agentes trabalhando, o que possibilitou a evasão para as instalações do campus. É necessário que se entenda a urgência dessa situação, pois são vidas de estudantes e servidores que estão vulneráveis à situação de insegurança”, confirmou Eurico Lôbo.

O governador, por sua vez, prontificou-se a ajudar, mas ressaltou que devido a liminar da Defensoria Pública em Arapiraca – que proíbe a transferência de presos para Maceió, sob pena de multa diária no valor de 500 mil reais – o governo não pode dar andamento à desativação do presídio. “Quando nos reunimos em dezembro último, garantimos a transferência dos presos para Maceió e a desativação do presídio até que outro fosse construído. Com a decisão da Justiça, ficamos engessados”, declarou José Tomás Nonô.

Reunião

No entanto, Tomás Nonô prontificou-se a encaminhar representante na reunião desta quarta, 4, em Arapiraca. Também participaram o corregedor-geral da Justiça, James Magalhães de Medeiros; o procurador da Ufal, Paulo César; a deputada federal Célia Rocha; o procurador Geraldo Magela, representando o Ministério Público Estadual; pró-reitores da Ufal e representantes da comunidade acadêmica.