Pesquisadores recebem certificado de excelência acadêmica

Trabalhos de iniciação científica foram avaliados por consultores de várias instituições do País

29/02/2012 11h55 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h34
Orientador e bolsista recebem certificado de excelência acadêmica

Orientador e bolsista recebem certificado de excelência acadêmica

Myllena Diniz – estudante de Jornalismo

Os melhores trabalhos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) apresentados no Campus A. C. Simões, em Maceió, durante o 8º Congresso Acadêmico da Universidade Federal de Alagoas receberam, na última segunda-feira (28), certificados de excelência acadêmica, no auditório da Reitoria. Professores e bolsistas dos 264 trabalhos que obtiveram destaque foram prestigiados em solenidade que contou com a presença de representantes da instituição e de suas unidades de ensino, bem como de pesquisadores de todo o Estado.

A cerimônia foi presidida pelo reitor da universidade, Eurico Lôbo, que dividiu a mesa com a vice-reitora, Rachel Rocha; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Simoni Meneghetti; a presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa em Alagoas, Janesmar Cavalcanti; e o coordenador de pesquisa da Propep, Pedro Valentim. Além deles, estiveram presentes os professores Marcos Mouro e Alessandra Pereira, que representaram, respectivamente, os diretores das unidades acadêmicas e o comitê da assessoria de pesquisa e pós-graduação.

Segundo a professora Simoni Meneghetti, o programa de iniciação científica da Ufal é amplo e apresenta diferentes financiamentos. Além de conceder bolsas por meio das próprias cotas, a instituição possui financiamentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fapeal. A pró-reitora ressaltou que os estímulos a essas atividades alavancam a pesquisa e a pós-graduação. “As iniciações científicas garantem, e irão garantir, a qualidade dos conceitos de pós-graduação da Ufal e do Brasil inteiro. É importante um prêmio de destaque nessa área, pois reflete a dedicação dos alunos às suas pesquisas. Esses resultados podem aparecer de diferentes formas, por meio de premiações, de publicações de artigos ou de participações em congressos”, destacou.

A produção científica da universidade é crescente nos últimos anos, desde a criação do 1º Congresso Acadêmico, em 2004. Naquele ano, de acordo com o reitor Eurico Lôbo, 500 trabalhos foram apresentados. Já a edição mais recente do evento, com o tema “Excelência Acadêmica com Inclusão Social”, alcançou o número de 2.400. “Essa quantidade de apresentações nas mais diferentes modalidades representa o esforço coletivo da comunidade acadêmica da Ufal. Além disso, destacamos que agora a instituição está presente no interior, que possui campi com o quantitativo de 20% da produção científica da universidade”, afirmou.

Em parceira com a Fapeal, a universidade tem promovido impactos relevantes para o desenvolvimento de Alagoas. “A Ufal demonstra, a cada ano, maior excelência no Estado e, dessa forma, revela amadurecimento nos setores de ciência e tecnologia. A Fapel avançou em vários projetos, como o aumento do número de bolsas, e percebemos que com o Pibic os alunos têm um universo de possibilidades, seja como indivíduos, cidadãos ou cientistas”, ressaltou Janesmar Cavancalti.

Os alunos Murilo Uchôa e José Humberto Silva, do curso de Economia, estão entre os premiados e demonstram como seus estudos podem interferir na dinâmica econômica alagoana, por meio de pesquisas sobre as trades – empresas que fazem a compra e a venda de produtos primários comercializados no mercado internacional. “Direcionamos nossos estudos para as empresas responsáveis pela comercialização do açúcar e procuramos entender como elas podem obter lucros maiores que as unidades produtoras, ou seja, as próprias usinas”, explicou Murilo.

Já Davi de Freitas Barros, estudante do bacharelado em Física, desenvolveu pesquisa na área de modos acústicos estendidos e sistemas com desordem correlacionados, com o objetivo de ordenar determinados meios para que ondas sejam propagadas, e ressaltou o estímulo fornecido pelo Congresso Acadêmico à produção de pesquisas. “O congresso é um espaço onde podemos treinar situações que irão aparecer na nossa vida profissional, pois exibir os estudos realizados também é um papel do pesquisador”, lembrou.

A consolidação do Congresso Acadêmico da Ufal torna necessário planejamento que englobe novas propostas. O reitor Eurico Lôbo revelou que a próxima edição do evento pode ter algumas novidades e, para isso, a instituição tem feito negociações com o governo do Estado de Alagoas, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia e da Fapeal. “Provavelmente, ele ocorrerá fora da universidade, para ter uma direção mais ampla e que congregue não só a comunidade acadêmica, mas a sociedade. Afinal, a Ufal lidera o processo de formação em Alagoas e tem o dever de atuar de forma mais sistêmica em todas as suas esferas. O mais importante é manter a universidade viva, com produção de conhecimento, ciência e inovação”, revelou.

A entrega dos certificados dos trabalhos premiados nos campi Arapiraca e Sertão será realizada em seus polos. A data será divulgada, nos próximos dias, pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.