Mesarredonda debate questões sociais das tribos indígenas


20/10/2011 15h38 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h08
Cacique Xokó Lucimário Apolônio, mais conhecido como cacique Bá

Cacique Xokó Lucimário Apolônio, mais conhecido como cacique Bá

Wallace Silva – estudante de Jornalismo

Dando sequência às atividades do VIII Congresso Acadêmico, teve início a I Semana das Nações Indígenas de Alagoas e Sergipe, com a mesarredonda “História e cotidiano das nações indígenas de Alagoas e Sergipe”, no auditório Nabuco Lopes, no prédio da Reitoria. 

A iniciativa do evento surgiu através de um trabalho de pesquisa e extensão, coordenado pelo professor José Nascimento de França, professor colaborador da Faculdade de Serviço Social (FSSO), que conta com a participação de alunos de Serviço Social, Filosofia e Biologia. Os participantes da mesa é discutir com a comunidade acadêmica e dirigentes indígenas as questões sócias das tribos indígenas, desde suas lutas e sofrimento para a recuperação de suas terras, do preconceito que eles vêm sofrendo, sobre suas vidas e dificuldades enfrentadas.

O motivo que levou a organizar a mesa para discussão foi o de apoiar as tribos indígenas Xokó de Sergipe e Wassu-Cocal de Alagoas na luta pelos seus direitos, reconhecer a nacionalidade e ajudá-los a reconquistar as suas terras, além de denunciar os descasos com a situação de saúde e abandono que se encontram as aldeias. “A universidade, os professores e toda a comunidade acadêmica tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a situação dos povos indígenas. Infelizmente, muitos alagoanos não têm conhecimento de que existem tribos indígenas aqui no Estado” ressaltou o professor.   

O cacique Xokó Lucimário Apolônio de Lima, conhecido como cacique Bá, falou das dificuldades da sua tribo, e o que os seus ancestrais sofreram para conseguirem as terras que eles vivem atualmente, na Ilha de São Pedro, na cidade de Porto da Folha, em Sergipe. “Não podemos perder as nossas características, temos que conservá-las e preservá-las, para salvar a cultura do nosso povo”, enfatizou o cacique.