Importância das mães como formadores de leitores é debatida na Bienal

Pesquisa aponta que 49% dos leitores tiveram incentivo de suas mães na infância

23/10/2011 17h06 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h08
Obras encantam público infantil tanto quanto adulto

Obras encantam público infantil tanto quanto adulto

Graça Carvalho - jornalista

A importância das mães como formadores de leitores foi um dos assuntos debatidos na tarde deste domingo, na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Educadores, profissionais de diferentes áreas e, claro, mães, participaram ativamente da discussão.

Com base na Pesquisa Retratos da Leitura (aplicada em mais de 300 municípios brasileiros em 2007 e apresentada em 2009), a palestrante Zoara Failla, gerente de projetos o Instituto Pró-Livro, informou que 49% dos leitores apontaram suas mães como grandes responsáveis por eles terem aprendido a gostar de ler.

“É claro que não só as mães, mas a família toda é grande aliada da escola na formação dos leitores”, ressalta Zoara, acrescentando que, na mesma pesquisa, os pais foram citados por 30% dos entrevistados.

A estudante Jéssica Gonçalves, 18 anos, é um exemplo de leitora formada a partir do incentivo da mãe, Quitéria Gonçalves. Num momento de interação com a palestrante, ela lembrou que foi estimulada a ler e escrever na infância, tanto que optou pelo curso superior de Letras e está feliz com a escolha.“Portanto, não foi por acaso que escolhi esta palestra, quando recebi a programação da Bienal”, conta Jéssica.

Telma Maria da Conceição, bibliotecária, mãe de Gabriel, de 10 anos, foi outra que também compartilhou sua experiência, durante a palestra. “Meus presentes para o Gabriel são sempre livros, até porque outros presentes ele ganha de outras pessoas. Ele nunca reclamou, pelo contrário, adora”, comemora a mãe de Gabriel.

A estudante de Terapia Ocupacional Thaís Fortes, mãe de Pedro Fortes, 2 anos, garante que o filho já se apaixonou pelo universo da leitura, antes mesmo de aprender a ler. “Ele já está íntimo dos livros, pois costumo passar horas contando historinhas para ele. Com certeza, ele terá uma relação forte com os livros”, diz Thaís, orgulhosa.