Parcerias e compromisso acadêmico reforçam ações do curso de Engenharia Química


22/06/2011 13h23 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h07
Milton Pradines, da Braskem, fala sobre a qualidade dos engenheiros químicos formandos pela Ufal

Milton Pradines, da Braskem, fala sobre a qualidade dos engenheiros químicos formandos pela Ufal

Diana Monteiro – jornalista

 

Parcerias com indústrias, empresas, fundações, centros de estudos especializados e de referências têm reforçado as ações do curso de Engenharia Química da Universidade Federal de Alagoas em suas principais linhas de pesquisa: Energia e Meio Ambiente; Biodiesel; Catálise; Redes Neurais; Simulação e Controle de Processos; e Biotecnologia. Essas ações aliadas aos programas institucionais voltados ao principal público-alvo, os alunos, visa à qualidade acadêmica do egresso dessa área formado pela Ufal tornando-o um profissional de referência para contribuir com o desenvolvimento científico e tecnológico local, regional e nacional.

 

Com 24 anos de existência, dispondo em seus quadros de 350 alunos e 17 docentes o empenho e dedicação da comunidade acadêmica do curso de Engenharia Química têm rendido bons frutos. Um destaque para a aluna Amanda Santana Peitter, que este ano recebeu o prêmio da indústria Braskem como a melhor aluna do curso de Engenharia Química do Estado de Alagoas.

 

“Dentre os melhores profissionais da Braskem têm os formados pelo curso de Engenharia Química da Universidade Federal de Alagoas”, disse o representante da Braskem Milton Pradines, durante a solenidade de entrega do prêmio realizada no Centro de Tecnologia (Ctec). O evento promovido em parceria com Associação Brasileira de Engenharia Química (Abeq), concedeu a Amanda Peitter um certificado de Incentivo à Aprendiz da Engenharia Química no Brasil, uma proposta de admissão de sócio à Abeq e uma premiação em dinheiro.

 

A participação de alunos em diferentes programas de pesquisa sem dúvida reflete positivamente na formação acadêmica e como não poderia deixar de ser diferente, no mercado de trabalho. De acordo com a professora Karla Barcellos vários egressos do curso têm sido absorvidos por indústrias, locais, nacionais e internacionais, a exemplo da Mineradora Anglo-Australiana BPH Biliton. “A colocação de aluno em empresa multinacional mostra que o curso está formando profissionais aptos para se inserir no mercado de trabalho”, destaca.

 

Segundo a coordenadora, 23 alunos estão atualmente engajados no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), além da participação de outros alunos com bolsas no Programa de Recursos Humanos da Agência Nacional de Petróleo (Projeto PRH-ANP). “Nos Programas Santander e no Top China (cooperação internacional), por dois anos consecutivos, o curso de Engenharia Química teve alunos selecionados”, frisa Karla.

 

Ela ressalta também o engajamento de pesquisadores do curso em diferentes Redes de Cooperação de Pesquisa, como a Rede de Catálise Norte/ Nordeste (Recat); a Rede de Pesquisa Cooperativa em Modelagem Computacional (RPCMod); e a Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB), que permite uma interação maior entre o curso de Engenharia Química da Ufal e as diferentes universidades do país na troca do saber científico e tecnológico.

 

Atualmente, para as ações promovidas em prol do conhecimento científico, o curso tem parceria firmada com a Unidade de Soda e Cloro Braskem; Agência Nacional de Petróleo (ANP); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Melo ( Cenpes-Petrobrás); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Alagoas (Fapeal); e empresas do setor Sucro-Alcooleiro.

 

 

Nova avaliação

 

Este ano está prevista a segunda avaliação do curso de Engenharia Química, através do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O curso foi avaliado pelo Enade, em 2008, e obteve conceito abaixo do esperado. O exame avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação. A coordenadora do curso Karla Miranda Barcellos diz que o conceito mínimo na primeira avaliação deveu-se, principalmente, por não haver ainda uma consciência dos alunos quanto à importância da avaliação do curso pelo Ministério da Educação, diferentemente de hoje.

 

“Os alunos acreditaram que uma forma de protesto ante a situação de obrigatoriedade seria a de realizar a prova num tempo mínimo. Conforme o relatório do Inep, a maioria dos alunos fez a prova em 30 minutos quando o tempo que dispunham eram de quatro horas. Por outro lado, alguns alunos que fizeram o último Enade em 2008 estavam atrasados na integralização do curso e não mostraram interesse e nem comprometimento para fazer o exame”, frisa a coordenadora Karla Barcellos.

 

Sobre a expectativa para a segunda avaliação, a coordenadora Karla Barcellos destaca que a comunidade acadêmica vem se empenhando para que realmente o curso tenha o conceito que merece. “Enquanto corpo docente, temos trabalhado na conscientização dos alunos que farão o Enade 2011 e contamos com total apoio da direção do Centro de Tecnologia (Ctec). Um destaque para o Centro Acadêmico, pela realização de atividades objetivando conscientizar os alunos que participarão do Enade este ano, da importância do exame para o conceito do curso”, diz Karla.

 

CA: aliado para o conceito positivo

 

O Centro Acadêmico de Engenharia Química tem se constituído em um importante aliado na busca da qualidade acadêmica e na boa conceituação do curso. Liderado por Marcos Antônio Costa Júnior e Maria Andressa Lima a nova diretoria tomou posse recentemente. Foram destacadas durante a posse no Centro de Tecnologia (Ctec),a importância de dar continuidade a um trabalho já iniciado pelos antecessores e as propostas da nova gestão visando o crescimento do curso.

 

Dentre as propostas apresentadas pelo coordenador Marcos Antônio estão a participação do CA nas reuniões do Colegiado de curso; promoções de ciclos de palestras e de atividades para engajar a comunidade do curso; visitas técnicas periódicas à indústrias da área; apoio à Proteq –Empresa Júnior; e participação em eventos nacionais.

 

“Sabemos do importante papel que o Centro Acadêmico tem junto aos estudantes e o nosso trabalho visa, principalmente, a próxima avaliação do curso definida para este ano. Umas de nossas ações é conscientizar aos alunos que farão o Enade em 2011 da importância do preenchimento do questionário socioeconômico, item que integra parte da avaliação do curso. Temos convicção de que podemos auxiliar para que o curso obtenha um conceito que merece e estamos empenhados para que esse objetivo seja atingido”, destaca o coordenador Marcos Antônio.