Lideranças serão convidadas a participar mais ativamente da reconstrução das cidades


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Ruth Vasconcelos ressalta a colaboração da Ufal organizando as lideranças

Ruth Vasconcelos ressalta a colaboração da Ufal organizando as lideranças

Em contato com educadores populares, entre eles Tereza Siqueira, e os Médicos sem Fronteira, os pesquisadores e voluntários da Universidade Federal de Alagoas perceberam a necessidade de criar um espaço para que os moradores das cidades atingidas pelas enchentes e as lideranças comunitárias expressem suas demandas, angústias e anseios, orientando assim as ações da universidade e da sociedade no apoio a essas comunidades.

“Estamos tentando identificar quem são as lideranças comunitárias, religiosas e outras referências das comunidades, para que eles sejam convidados a participar de forma mais organizada e ativa desse processo de reconstrução das cidades e das suas vidas”, explica Ruth Vasconcelos. “São lideranças que precisam se conhecer para trocar idéias e se articular politicamente neste processo de definição de aplicação dos recursos e controle social”, complementa a coordenadora do programa Ufal em Defesa da Vida.

A partir daí surgiu a idéia de articular o I Fórum Social em Defesa da Vida, marcado para 11 de setembro, em parceria com o Ministério Público e entidades organizadas da sociedade. “Nesse primeiro encontro, o objetivo é ouvir a comunidade, saber de suas demandas e suas propostas para a reconstrução de suas vidas e de suas cidades. Com esses elementos é que podemos construir ações mais consistentes e em sintonia com os desejos da comunidade”, ressalta Ruth.

"Esse Fórum foi uma necessidade que surgiu na última reunião das Instituições envolvidas nas ações das enchentes como: Universidade Federal de Alagoas, Laboratório de Educação Popular (LEP)/ UFAL/ NUSP, Conselho Regional de Psicologia (CRP), Conselho da Criança, Coordenação de Saúde Mental de Alagoas, Sociedade Alagoana de Pediatria (SAP), o Conselho Estadual de Direitos Humanos e os Médicos sem fronteiras (MSF)", informa Waldemar Neves, respresante da Ufal nas atividades referentes as enchentes.

Para preparar o Fórum já estão acontecendo várias reuniões. A próxima será nesta quinta-feira, 26 de agosto, às 14 h, no CRM, Farol.  "É importante a participação dos movimetos sociais, bem como dos assentamentos e acampamentos dos municipios atingidos pelas inundações. Será realizado um processo de escuta e convergência das ações. Pensar em estratégias de fortalecimento do controle social, fortalecimentos dos movimentos sociais e participação popular", afirma Tereza Siqueira.