Médicos residentes fazem paralisação nacional de 24 horas


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Os médicos residentes do Hospital Universitário da Ufal aderiram ao movimento nacional de paralisação que acontece nesta quarta-feira, 14, numa tentativa de chamar a atenção da população e pedir apoio para a luta da categoria por melhoria salarial e de condições de trabalho.

A categoria reivindica o aumento e a atualização da bolsa-trabalho, hoje no valor de R$ 1.916,45; a implantação da 13ª bolsa de trabalho [gratificação natalina], além da ampliação para seis meses da licença maternidade das médicas residentes.

Na carta que está sendo distribuida à população, os médicos explicam que não são estudantes de medicina, como muitas pessoas acreditam, mas profissionais formados e que passaram seis anos numa faculdade. A Residência Médica, diz o documento, “é uma pós-graduação em que aprendemos uma especialidade, através do trabalho na área em que estamos interessados”.

A categoria denuncia que em muitos serviços de saúde a carga horária de trabalho ultrapassa 100 horas semanais, quando a lei preconiza 60 horas. Além disso, nos serviços que respeitam a carga horária, esses médicos recebem cerca de R$ 6 reais por hora de trabalho, vencimentos estão há quatro anos sem reajuste.

A paralisação é parte de uma série de atividades programadas na Campanha de Valorização da Residência Médica, lançada no ano passado no país, e deve afetar o atendimento à população já que os residentes estão na linha de frente dos hospitais do SUS.