Especialistas de todo o país buscam melhorar a gestão das águas


- Atualizado em
Wladimir Caramori, engenheiro civil e coordenador do curso

Wladimir Caramori, engenheiro civil e coordenador do curso

Lenilda Luna - jornalista

Um fórum nacional de intercâmbio de experiências. É assim que está funcionando o Curso de Aperfeiçoamento em Gestão de Recursos Hídricos, promovido pela Ufal em parceria com a UFSC. O curso é oferecido na modalidade a distância, utilizando a plataforma moodle, para cerca de 240 alunos de mais de 80 cidades do Brasil.

“Os alunos do curso são profissionais que lidam diariamente com os desafios e conflitos de gerenciar os recursos hídricos do país. Existem muitas peculiaridades, mas a maioria dos problemas é semelhante, por isso, a troca de idéias e de experiências entre esses especialistas é fundamental para melhorar o gerenciamento dos recursos hídricos no Brasil”, ressalta Wladimir Caramori, engenheiro civil e coordenador do curso.

Entre os alunos, estão funcionários de companhias de abastecimento e saneamento, representantes de comitês de bacias hidrográficas, ambientalistas. Todos eles participam de debates no fórum virtual diariamente. O curso tem apenas alguns encontros presenciais, sediados pela Ufal ou pela UFSC. O próximo encontro está marcado para os dias 28 a 30 de abril, em Maceió.

“Existem vários tipos de conflitos que devem ser analisados em busca de soluções. Por exemplo, quando pensamos na bacia do rio São Francisco, ali temos usuários de vários tipos: fornecedores de energia elétrica, pescadores, lavadeiras de roupa, agricultores que utilizam irrigação, habitantes de cidades abastecidas pelo rio, quer dizer, são interesses diferentes que muitas vezes entram em conflito. O gestor de águas tem que procurar equilibrar esses vários usos, para que ninguém seja prejudicado, ou para determinar qual é a prioridade”, explica o professor Wladimir.

Os alunos do curso lidam também com temas bem presentes no cotidiano das grandes cidades: poluição de mananciais, inundações, impermeabilização do solo urbano, etc. O desafio é encontrar formas de minimizar os efeitos nocivos da urbanização, melhorando a qualidade de vida das pessoas. “Por isso, os debates no fórum são sempre bastante instigantes e atuais. Vamos produzir um material para compartilhar todas as reflexões proporcionadas durante o curso, com o intuito de contribuir na busca de soluções”, conclui o coordenador.