Simpósio Alagoano de Engenharia Civil será realizado em outubro


22/09/2009 08h51 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h34
Aline Barbosa, diretora do Ctec, e Luciano Barbosa, coordenador do curso

Aline Barbosa, diretora do Ctec, e Luciano Barbosa, coordenador do curso

O Programa de Educação Tutorial – PET de Engenharia Civil vai realizar, no auditório do Norcon Empresarial, de 7 a 9 de outubro, o Simpósio Alagoano de engenharia Civil. As inscrições serão realizadas de 31 de agosto a 7 de outubro, com vagas limitadas. O simpósio objetivará a realização de palestras relacionadas às diversas áreas da Engenharia Civil ministradas por profissionais da área e docentes, promoverá debates sobre as novas tendências implantadas no âmbito da Engenharia Civil, ressaltando a sua sustentabilidade e importância para o desenvolvimento do país. Mais informações no site.

Conceito máximo do Curso no Enade é resultado do trabalho coletivo

O curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Alagoas atingiu, no último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o conceito máximo: 5. Esse mesmo conceito foi obtido no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observados e Esperados (IDD), o que destaca a Engenharia Civil da Ufal, como o 11º melhor curso dessa área no país, dentre os 176 avaliados pelo Ministério da Educação. Destaca-se também como o melhor do Norte/Nordeste e Centro- Oeste, ao obter o primeiro lugar, sobressaindo-se nessas regiões.

“Chegar a obter a nota máxima 5  e  ficar entre os melhores do Brasil,  e ser o primeiro nas regiões Norte/Nordeste e Centro-Oeste, faz parte de uma trajetória de desenvolvimento e investimento, iniciada em 1986, quando o curso passou por uma reformulação, o que culminou com a colocação entre os melhores do Brasil”, diz Aline Barbosa, diretora do Centro de Tecnologia que agrega também os cursos de Engenharia Química e Engenharia Ambiental.

Uma nova concepção significa, para a Engenharia Civil da Ufal, construção com sentido de coletividade. O curso, que esse ano obteve o conceito máximo, já obteve o conceito mais baixo, na primeira avaliação pelo MEC, em 1996. “Mas esse conceito, podemos dizer, foi de forma consciente. Foi uma decisão política, boicotarmos em 100 por cento naquele ano o Provão”, destaca Aline Barbosa.

A diretora explica que o boicote, em conjunto com grandes universidades do país, deu-se por não se conhecer o processo avaliativo e quais os critérios de pontuação. “Paralelo ao provão, estávamos investindo no processo de reconstrução do curso, inclusive implantando um novo Projeto Pedagógico. Como naquele momento desconhecíamos os critérios e desdobramentos, avaliamos que não seria o momento ideal para o curso participar do provão. O boicote resultou no conceito “E” pelo MEC”, enfatiza Aline.

O princípio de coletividade entre técnicos, docentes e alunos e o sentimento de apropriação do curso de Engenharia Civil - por ser a maioria do corpo docente egresso da Ufal – fez com que o curso evoluísse. “De 1998 a 2003, o conceito foi subindo , atingindo por três anos consecutivos o conceito máximo A. Em 2003 o provão foi extinto e implantado o Enade que em seu mais recente resultado, avaliou a Engenharia Civil da Ufal como uma das melhores do Brasil”, complementa o coordenador do curso, Luciano Barbosa.

Trajetória crescente

São 407 alunos matriculados e cerca de 50 docentes em atividade. Destes, 36 integram o Centro de Tecnologia, e os demais oriundos de outras unidades acadêmicas. Do universo dos professores, 60 por cento são doutores, 30 por cento mestres e o restante se divide entre especialistas e graduados. O segmento técnico-administrativo também vem se capacitando dentro de uma política de valorização ao servidor, implantada na gestão da reitora Ana Dayse Dorea.

Além do Enade e IDD, o curso de Engenharia da Ufal também se destacou no Conceito Preliminar de Curso (CPC), ao obter conceito 4. O CPC já é um indicador com mais variáveis e além de dados sobre alunos e corpo docente engloba infraestrutura e as práticas pedagógicas da instituição de ensino. “Só três instituições do país atingiram o conceito máximo nesse Indicador: a PUC-RJ, o Instituto Militar de Engenharia–RJ e a UNB. Vale ressaltar que a diferença da Ufal em relação ao primeiro classificado é de apenas 21 por cento”, diz o coordenador Luciano.

A trajetória de construção do curso tem resultado em inúmeras atividades envolvendo diretamente 200 alunos da graduação e da pós-graduação para uma boa formação acadêmica. Funcionam plenamente sete programas de apoio vinculados à Unidade Acadêmica; cinco laboratórios para pesquisas científicas; parcerias com outras instituições de ensino superior para intercâmbio de conhecimento; e parcerias com o setor produtivo. 

Todo o investimento no curso de Engenharia Civil da Ufal tem trazido saldos bastante positivos, entre eles, a aprovação de alunos para cursos de pós-graduação em universidades de excelência no país; e ampliação da prática profissional em empresas de grande porte, a exemplo da Odebrechet e Petrobrás, inclusive para o mercado de trabalho de países como Angola, Venezuela, Portugal e Estados Unidos.

“Os alunos ingressantes, ao longo do curso absorvem um conhecimento agregado que os mantém com o desempenho em nível de excelência ao atingir a graduação. O nosso empenho continua e investimento semelhante está começando a ser feito nas outras duas Engenharias: a Química e a Ambiental. Não nos basta ter um único curso excelente. Temos que ter também um Centro de Tecnologia excelente”, finaliza a diretora Aline Barbosa.