Proex apresenta Mostra Etnodoc

Neste dia 25, será a vez de: “Trama Mineira”, de Waldir Pina, “Quebradeiras de Coco de Babaçu”,de Evaldo Mocarzel, “As Benzedeiras de Minas”,de Andréa Tonacci, e “Mano Brou”, de Mário Vieira da Silva.

21/09/2009 08h57 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h34
De 22 a 25 de setembro, no auditório do Csau

De 22 a 25 de setembro, no auditório do Csau

Neste dia 25, será a vez de: “Trama Mineira”, de Waldir Pina, que apresenta questões de época e gênero nos fragmentos da narrativa de Joana Pinta, “tecelona” de Roça Grande, comunidade rural nos arredores de Berilo, Vale do Jequitinhonha; “Quebradeiras de Coco de Babaçu”,de Evaldo Mocarzel, que focaliza as tradições seculares, as estratégias de sobrevivência e a rica cultura das quebradeiras de coco de babaçu da região do Bico do Papagaio, em que se encontram os estados do Maranhão, Tocantins e Pará; “As Benzedeiras de Minas”,de Andréa Tonacci, com depoimentos de três reconhecidas benzedeiras católicas do Estado de Minas Gerais expondo e revelando uma tradição de medicina popular cuja existência e eficácia tendem a desaparecer no processo de urbanização e desenraizamento de valores culturais e religiosos tradicionais; e “Mano Brou”, de Mário Vieira da Silva, sobre a arte popular como força transformadora de vida, por meio do registro do cotidiano e do processo de criação de Cristiano da Silva, de 32 anos, o pintor do Morro do Cantagalo, para quem a arte salvou a vida.

 

A programação foi iniciada no dia 22, com  a participação de Cristiano Mota, representante do Centro Nacional  de Folclore e Cultura Popular  do Insituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em seguida, forma exibidos três documentários: “São Luis dorme ao som dos tambores”, de Sérgio Sanz, que apresenta as relações do batuque dos tambores, sobretudo do tambor-de-crioula, com a cidade de São Luís e o cotidiano de seus habitantes; “Diana e Djavan”, de Luciana Sampaio, conta a história de Diana, 14 anos, prometida para o primo Djavan ainda na barriga de sua mãe. O filme mostra a festa de casamento dos jovens ciganos da etnia Calon, que durou três dias e aconteceu em maio de 2008, num acampamento no município de Itaquaquecetuba, em São Paulo; e “O Barco do Mestre”, de Gavin Andrews, uma viagem pelo universo ribeirinho dos “fazedores de barcos” na foz do Rio Amazonas.

Na quarta-feira, 23, foram exibidos os documentários: “Calangos e Calangueiros”,de Flávio Cândido, que retrata uma de nossas mais ricas e negligenciadas tradições artísticas – o calango, verso e canto de desafio do Sudeste brasileiro; “Caboclos da Liberdade”, de Hermano Penna, que tem como tema a manifestação popular “caboclos guaranis”, na Ilha de Itaparica, Recôncavo Baiano; “Folia no Morro”, de Arthur Omar, sobre a folia de reis no Morro de Santa Marta, bairro de Botafogo, ao longo de 13 anos; e “Trans-bordando”, de Kiko Goifman, que retrata a vida e a obra da família de bordadeiras Diniz Dumont, integrantes do grupo “Matizes Dumont”, que é hoje uma referência da região de Pirapora, norte de Minas Gerais, na beira do Rio São Francisco.

 

Na quinta-feira, 24, foram apresentados os filmes: “Se Milagres Desejais", de André Costantin e Nivaldo Pereira, que fala sobre os caminhos nevoentos de Antônio Prado, na Serra do Rio Grande do Sul, onde pequenos oratórios erguidos por imigrantes italianos e seus descendentes  evocam memórias vivas da fé e dos sonhos de uma gente que desenhou uma paisagem particular no mosaico cultural do Brasil; “A invenção do Sertão”, de Valeria Laena, que vasculha o imaginário dos artesãos populares Françuir e Maurício, residentes na região do Cariri cearense; “O Joaquim”, de Márcia Paraíso, filmado em Vila do Veiga, zona rural do distrito de Dom Maurício, Quixadá, sertão do Ceará, onde vive Joaquim Roseno, 68 anos, com filhos e netos. Ele trabalha na roça e é mestre puxador de um grupo de dança de São Gonçalo, encomendada por fiéis como pagamento de promessas feitas ao santo; “Passos de Oeiras”, de Áurea da Paz  Pinheiro, documentário sobre a Procissão dos Passos em que são apresentadas as crenças e os rituais emblemáticos da religiosidade de Oeiras (PI).