Pesquisa aponta conscientização no HU sobre higiene das mãos


24/07/2009 10h53 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h57

Pesquisa realizada no ano passado com profissionais de várias áreas do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes revelou que o nível de consciência dessas pessoas sobre a importância do ato de higienizar as mãos para prevenir infecção hospitalar é alto. Todos os profissionais que responderam à pesquisa afirmaram achar importante a lavagem das mãos e pelo menos 80% deles informaram ter recebido algum tipo de treinamento em relação ao procedimento. A totalidade dos participantes declarou saber que este comportamento contribui para evitar infecção hospitalar e que é preciso retirar anéis, relógios e outros adereços para que não permaneçam microorganismos nas mãos.

A pesquisa servirá de diagnóstico para a implantação de ações relativas à higienização das mãos na instituição. O questionário aplicado no trabalho foi elaborado pela Dra. Margareth Dayse M. Monteiro, coordenadora da SCIH, e pela enfermeira Valéria Barros, atualmente em atividade no II ambulatório do hospital.  Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 80% dos profissionais disseram ter o hábito de lavar as mãos antes e após terminarem as atividades do dia e apenas 10% admitiram não lavar as mãos antes e após realizar todos os procedimentos.

Em relação às dificuldades encontradas para higienizar as mãos, a maioria apontou como principal causa a falta de sabão e de papel toalha no setor, além da falta de tempo em função do número insuficiente de funcionários para executar muitas ações. Segundo enfatiza a enfermeira Ivanilza Emiliano, da SCIH, cerca de 80% das infecções hospitalares seriam evitadas se todos os envolvidos com o atendimento aos pacientes e com os materiais utilizados na assistência fizessem a higienização das mãos corretamente e com maior freqüência.

Em 1846, o médico húngaro Ignaz Semmelweis, reportou a redução no número de mortalidades maternas por infecção puerperal após a implantação da prática de higienização das mãos num hospital de Viena (Áustria). Desde então, esse procedimento tem sido recomendado como medida primária no controle da disseminação de agentes infecciosos. “Higienizar as mãos previne infecção hospitalar”, enfatiza Ivanilza, acrescentando que “já se passaram 163 anos após o estudo de Semmelweis e, cada vez mais, se comprova a importância deste procedimento para a vida”.  A pesquisa contou com a participação das estagiárias de Enfermagem da Ufal, Josefa Rita da Silva e Ívea Rayane Mendes N. Viana.