Instituto de Química se destaca em evento nacional

A Universidade Federal de Alagoas ficou com o primeiro lugar na área de Eletroquímica, dentre os 85 painéis apresentados durante a 32ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química realizada neste mês de junho, em Fortaleza. O premiado foi o aluno de graduação do Instituto de Química e Biotecnologia, Elton Elias Melo Costa, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq.

19/06/2009 13h26 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h52
Laboratório de Eletroquímica

Laboratório de Eletroquímica

Diana Monteiro – jornalista

A 32ª Reunião Anual teve como tema Central “Químicos para uma potência emergente” e contou com a participação de mais de duas mil pessoas, dentre pesquisadores e estudantes. A Ufal se fez presente com a participação de cerca de 50 alunos da graduação e pós-graduação do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) e também de outros cursos da instituição, além de professores.

A Ufal também teve destaque nas palestras com a participação das professoras Marília Goulart, Lúcia Rebouças e Rosiene de Almeida enfocando os temas “Eletroquímica”, “Produtos Naturais” e “Catálise”. O professor Marcelo Valle fez palestra na área de “Síntese Orgânica”, e Simoni Meneguetti foi a coordenadora do workshop de “Catálise a serviço da Química Verde”.

O painel premiado e apresentado pelo aluno Elton Costa, tratou sobre o “Uso de bioadsorventes para a remoção de compostos tóxicos presentes na água de produção de petróleo, mais especificamente, derivados anilícos e fenólicos”. A pesquisa vem sendo desenvolvida no Laboratório de Eletroquímica, sob a orientação da professora Fabiane Caxico de Abreu Galdino, conta ainda com a participação da doutoranda Allani Christine Monteiro Alves, e faz parte de um projeto financiado pelo CNPq.

Com amostras produzidas no Laboratório de Eletroquúimica do IQB, os estudos científicos foram iniciados em 2006 e utiliza a aplicação da tecnologia eletroquímica aliada aos processos de adsorção, mediante uso de biopolímeros naturais, tais como a quitosana, quitosana modificada com nanomaterias e o Línter de algodão, no tratamento de águas de produção oriundas da extração e/ou refino do petróleo.

Segundo a professora Fabiane Galdino, o tratamento dessa água é uma contribuição muito importante ao meio ambiente. Um dos principais resíduos gerados na extração e refino de petróleo é a água de produção. No tratamento da água para descarte, a concentração dos poluentes deve ser enquadrada nos limites estabelecidos pela legislação.

Ela acrescenta que os processos de tratamento atuais eliminam apenas os óleos e refratários, como nitrogênio amoniacal. Sulfetos, fenóis, derivados anilínicos e metais pesados constituem um forte desafio acadêmico-tecnológico.

Interação com o meio ambiente

“Existe interesse crescente na utilização de fontes renováveis e na exploração das reações biológicas de produtos e processos ambientalmente amigáveis, estando os carboidratos em primeiro lugar como as melhores matérias-prima renováveis para uma série de funções”, informa Fabiane Galdino.

A técnica utilizada na remoção de compostos orgânicos tóxicos oriundos da produção do petróleo também está sendo aplicada no Laboratório de Eletroquímica na remoção de pesticidas em ambientes aquáticos, como os agrotóxicos utilizados nas lavouras, por exemplo. “A pesquisa é um trabalho contínuo com testes de outros compostos tóxicos que causem danos ao homem e ao meio ambiente”, complementa Fabiane.