CNPq quer fortalecer a participação das mulheres na pesquisa


12/06/2009 08h46 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h51
Mulheres ainda são minoria nas pesquisas

Mulheres ainda são minoria nas pesquisas

Assessoria de Comunicação Social - CNPq

Segundo dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 2002, para cada pesquisador homem havia 0,84 pesquisadora cadastrada no Diretório de Grupos de Pesquisa. A relação diminui ainda mais na concessão de bolsas de produtividade: para cada pesquisador contemplado, há apenas 0,48 pesquisadora na mesma situação. Já na Academia Brasileira de Ciência, por exemplo, as mulheres ocupam cerca de 8% das cadeiras: são apenas 26 num total de 353 membros.

Esses dados demonstram que a participação das mulheres nas carreiras científicas sempre foi significativamente menor que a dos homens, e isso ocorre pela forte discriminação de gênero que há em nosso país. Desta forma, promover e fortalecer a participação igualitária, plural e multirracial das mulheres em espaços de poder e decisão, nas áreas científicas e tecnológicas são pontos cruciais para desconstruir estereótipos  e representações em relação à violência e exclusão de gênero.

O II Encontro Nacional de Núcleos e Grupos de Pesquisa - Pensando Gênero e Ciências, que ocorre em Brasília, entre os dias 24 e 26 de Junho, se propõe a fazer exatamente isso. O encontro, com tema "Institucionalização dos estudos feministas, de gênero e mulheres nos sistemas de Educação, Ciência e Tecnologia no país", visa estimular e fortalecer a produção de pesquisas e estudos na área de gênero e estabelecer medidas e ações que contribuam para a promoção das mulheres no campo das ciências e nas carreiras acadêmicas.

Esse encontro materializa os objetivos gerais do II Plano Nacional de Política para as Mulheres (II PNPM) no que diz respeito à promoção e fortalecimento da participação igualitária das mulheres em todos os campos, na produção de conhecimentos nas áreas de gênero, e na ampliação de debate sobre as dimensões ideológicas do sexismo, lesbofobia e racismo.

O Encontro é direcionado a núcleos e grupos de pesquisa que se dedicam aos estudos das relações de gênero, mulheres e feminismos nas universidades, a pesquisadoras e pesquisadores de todas as áreas de produção do conhecimento interessados na temática de gênero e ciências, e a revistas de universidades e instituições de pesquisa que tenham estes temas como área de interesse. São 300 vagas e para se inscrever, o interessado deve preencher uma ficha de inscrição . Depois de abrir a ficha, o candidato deverá salvá-la no computador, preenchê-la e depois enviá-la para encontrogenero@spmulheres.gov.br.

O evento tem o apoio de diversas redes e organizações, entre elas o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (MCT/CNPq), Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), Programa de Pós Graduação em Estudos de Gênero, Mulheres e Feminismos (UFBA), Coordenação de Igualdade de Gênero (Diretoria de Estudos Sociais/IPEA), entre outras.