Química pesquisa novas armas contra o Câncer


11/03/2009 10h54 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h32
Professora Marília Goulart

Professora Marília Goulart

Por Jacqueline Freire – estagiária de Jornalismo

Um projeto realizado pelo Instituto de Química em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e um grupo de franceses, será apresentado durante o Seminário de Avaliação Final – Edital 06/2005 – Neoplasias, nesta quinta-feira, 12 de março, no Rio de Janeiro. O projeto intitulado Desenvolvimento de protótipos para quimioterapia anticancerígena e de ferramentas e nanoferramentas para triagem da atividade sobre DNA e topoisomerase para averiguação do microambiente tumoral, foi aprovado pelo edital do Ministério da Ciência e Tecnologia e CNPq em parceria com o a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e Departamento de Ciência e Tecnologia, em 2005, com a proposta de encontrar meios para destruir células cancerígenas.

As pesquisas mostram que é possível através da construção de um biossensor desenvolvido pelas duas Universidades, encontrar substâncias que em contato com o DNA da célula cancerosa impedem seu crescimento e desenvolvimento. Esse processo pode contribuir para o surgimento de medicamentos que combatam a doença. “Um dos mecanismos para destruição das células cancerígenas é gerar um stress oxidativo, gerando espécies de oxigênio e nitrogênio que em grande quantidade irão alterar estruturas de moléculas na célula. Essas estruturas deixarão de ter função, causando a morte das células doentes”, diz a professora.

A professora Marília Goulart, coordenadora do projeto na Ufal, explica que as atividades foram formalizadas com a abertura de um edital pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O edital previa o apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento em áreas consideradas como prioritárias para pesquisa em câncer, segunda causa de morte no Brasil. Dentre os 83 projetos selecionados, a Ufal foi uma das 20 instituições convidadas a participar do evento, que deve ter a participação do Instituto Nacional do Câncer – Inca, PUC-RJ, UFU, UFRGS, USP, dentre outras. Para ela, além da possibilidade de fazer um trabalho em cooperação com outras Universidades, o projeto possibilitou à Ufal muitos avanços na área de pesquisa. “Foram doze artigos publicados, quatro capítulos de livros, três doutoramentos e quatro mestrados”, contabiliza.