Instituto Xingó empossa nova diretoria

A reitora Ana Dayse, presidente do Conselho Administrativo do Instituto Xingó, nomeou a nova diretoria que tomou posse na última sexta-feira, 27 de março, na sede do Instituto em Piranhas - AL.

30/03/2009 12h09 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h37
Solenidade de posse da diretoria do Instituto Xingó

Solenidade de posse da diretoria do Instituto Xingó

Jacqueline Freire – estagiária de Jornalismo

Junto com o novo presidente, o engenheiro-agrônomo José Reinaldo de Sá Falcão, outros três pesquisadores tomaram posse para compor a diretoria executiva, são eles: o professor Fábio Castelo Branco, para o Ambiente de Projetos de Ciência e Tecnologia; a professora Edméa Nunes, no Ambiente de Projetos de Produção; e a professora Isabel Cristina de Sá Marinho, no Ambiente de Projetos internacionais e de mútua cooperação.

A cerimônia de posse foi precedida por duas reuniões, a do Conselho Fiscal e do Conselho Administrativo. Durante a reunião do Conselho Administrativo, discutiu-se entre os presentes a importância de se trazer o conhecimento e as pesquisas acadêmicas para a região semi-árida.  A eleição aconteceu no dia 06 de março. A reitora, que foi reeleita na presidência do Conselho, parabenizou o presidente Reinaldo, dizendo que é preciso “tocar fogo” nas ações do instituto. “Estamos há quase trezes anos de inserção e instalação do Instituto Xingó. Já tivemos muitos trabalhos publicados e ações realizadas. Mas poderíamos ter tido mais”, disse. Para ela, o trabalho de gestor não é fácil, mas o programa que virou instituto precisa de apoio e dedicação, pois quem recebe o lucro é a comunidade, quem mais precisa.

O ex-presidente do Instituto, Gilberto Rodrigues, disse durante a transmissão do cargo, que o momento era de muito reconhecimento. “É gratificante ter trabalhado durante esses quatro anos, passo o cargo com muita satisfação, pois conheço a história de luta do Reinaldo e sei que o Instituto ainda pode avançar muito”. Já o novo diretor, Reinaldo Falcão, afirmou que a certeza é de estar fazendo o melhor para a população do semi-árido. “O sertão é distante para muita gente, mas é o coração de uma região que tem muito a fazer pelo desenvolvimento e qualidade de vida das pessoas daqui. Temos que buscar o desenvolvimento para que as pessoas tenham emprego e renda e não tenham que abandonar o sertão”, concluiu.

O professor Valmar Corrêa de Andrade, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, disse estar muito satisfeito por que a UFRPE voltou a fazer parte do Conselho deliberativo do Instituto Xingó e avaliou a importância dos financiamentos para o desenvolvimento de qualquer pesquisa.

“O maior patrimônio da nação são universidades, que formam os melhores professores e pesquisadores e fazem isso por que têm um aporte financeiro para isso. É necessária a busca de projetos para manutenção do desenvolvimento e financiamento básico de pesquisas” disse. O professor ainda alertou: “se não cuidarmos do social, não teremos desenvolvimento”. Ele destacou ainda a necessidade de valorizar as riquezas da região sertaneja, e dar mais importância ao financiamento de projetos. Para o professor, o mais importante no momento é agir. “Temos que nos reunir, fazer projetos bons e ir com força, não vamos esperar mais. Vamos batalhar”, aconselhou.

O professor Juracy Marques, diretor da Universidade do Estado da Bahia Campus VIII, afirmou o interesse da UNEB em mergulhar na parceria com o Instituto. “Nossa intenção é  que as universidades estejam direcionadas para um desenvolvimento da região realmente sustentável”, completou. O vice-reitor da Universidade Federal de Sergipe, professor Ângelo Antoniolli, ressaltou a importância de trazer a universidade pública e de qualidade para o interior, e afirmou que as ações do Instituto Xingó são “o futuro de um diálogo da Universidade com a sociedade, em todas as áreas. É preciso que os caminhos sejam criados”.

A secretária de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, Kátia Born, uma das conselheiras do Instituto, fez questão de alertar para a importância de alavancar as ações dos projetos, afirmando que “a gente não deixe de ser ousado, vamos incendiar as ações”. Ela comentou ainda que 35% dos recursos de Ciência e Tecnologia do país são para o Nordeste, mas que Alagoas recebe apenas 0.78% desse montante. “É preciso que junto com as Universidades, aconteçam mais projetos, inclusive em educação e inclusão digital. Vamos trabalhar para definir como brigar para trazer o Instituto de Semi-árido para cá e atrair mais recursos”, disse.

A secretaria explicou ainda que cada Universidade deve apresentar projetos para o semi-árido para que se desenvolvam não só novos projetos, mas que estes promovam a interiorização da Universidade no Estado. “Estou me propondo, juntamente com o governo, a lutar para que o Instituto receba mais financiamento, dentro do orçamento da União. Meu compromisso é tentar junto à Fapeal a aprovação de projetos para o desenvolvimento do semi-árido”, afirmou Kátia Born.

O Instituto

O Instituto Xingó conta com participação das Universidades Federais de Alagoas, Pernambuco e Sergipe, Universidade Estadual da Bahia e Universidade Federal Rural de Pernambuco, Codevasf, além de representantes governamentais desses quatro Estados do Nordeste. O Instituto funciona desde a década de 90, envolve atualmente 102 municípios e tem em pleno desenvolvimento 65 projetos voltados para a região sertaneja.

O 65 projetos já desenvolvidos pelo Instituto Xingó atingiram 102 municípios nos quatro Estados e tem o objetivo de promover a transferência tecnológica através do desenvolvimento sócio-econômico da região do semi-árido nordestino.