Incubadoras de empresas têm alta demanda

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) conta com duas incubadoras de empresas: a Incubal, criada em 1999, com perfil inovador tecnológico nas áreas de Biotecnologia, Química Fina, Informática avançada e serviços inovadores; e o Espaço Gente, criada em 2002, núcleo de incubação de projetos e negócios tradicionais e sócio-culturais.

05/03/2009 09h04 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h14
Cocão: um dos empreendimentos da incubadora Espaço Gente

Cocão: um dos empreendimentos da incubadora Espaço Gente

Anualmente, em meados de agosto, as incubadoras realizam uma chamada interna para inscrições de projetos e posterior avaliação e seleção. Para um projeto ser aprovado, ele precisa ser inovador. “O projeto precisa ter algo que agregue valor, é imprescindível que ele se diferencie do que já existe no mercado”, explica Janaína Galdino, gerente do Espaço Gente. “A procura sempre é muito alta. Nosso problema hoje é espaço, não temos mais onde colocar as empresas. Por isso, ano passado não abrimos seleção, mas estamos buscando saídas e em breve teremos uma solução”, destaca Janaína.

Quando um projeto é aprovado, ele passa por três fases distintas: pré-incubação, incubação e graduação. A pré-incubação, que dura de 6 meses a 1 ano, é a fase em que o projeto é amadurecido. Na incubação, a empresa passa a existir de fato e se desenvolver em um período de tempo que pode durar de 2 a 4 anos. Na fase da graduação, a empresa já está formada e pronta “para andar com as próprias pernas”, saindo, portanto, da incubação.

As incubadoras oferecem consultorias na área de psicologia organizacional, jurídica (quando necessário), contábil (na fase da pré-incubação) e plano de negócios. Além disso, a Incubal e o Espaço Gente disponibilizam o local físico para a empresa, água, energia, internet, segurança e limpeza, através de parcerias com a Ufal, Fapeal, Sebrae etc. “Após incubada e dependendo do tempo em que esteja nessa fase, a empresa passa  a contribuir com uma taxa mensal que varia de R$50 a R$200. Mas levando em conta os gastos que se tem com uma empresa aberta diretamente no mercado, esse valor pode ser considerado irrisório; é realmente uma contribuição”, esclarece Janaína Galdino.

“É importante salientar ainda que as incubadoras não emprestam dinheiro ou financiam negócios ou pesquisa; seu único propósito é incentivar e apoiar o surgimento de empresas de sucesso em constante desenvolvimento, que sejam financeiramente viáveis e adaptadas ao mercado mesmo após deixarem a incubadora” completa Janaína. A Incubal e o Espaço Gente estão elaborando, conjuntamente, o Programa de Empreendendorismo da Ufal, que tem o objetivo de disseminar no Estado de Alagoas a cultura empreendendora como estratégia de impulsionar o desenvolvimento social e econômico local.

A teoria na prática

A importância de uma incubadora foi percebida de forma prática na vida de Fabiano Amorim, formando de Ciências da Computação pela Ufal e, hoje, gerente da “Proativa Systems”.

Criada em novembro de 2007, a “Proativa Systems” trabalha com serviços de criação de websites e sistemas de informação, além de realizar serviços na área de comunicação visual.

Fabiano sempre teve vontade de ter algo seu, uma empresa que ele pudesse administrar, mas se intimidava quando via os gastos e a burocracia característicos do início de um empreendimento. “Eu achava que nem tão cedo ia conseguir realizar o sonho de ter uma empresa. Nesse processo, a incubadora surgiu como uma ‘luz’, possibilitando a abertura do meu negócio muito antes do que eu pudesse imaginar. Iniciar a vida profissional tendo a empresa incubada é uma muito importante porque, durante este tempo, recebemos um apoio ímpar, além de cursos e consultorias”, elogia o recente empreendedor.

A empresa de Fabiano Amorim já criou para a Ufal um sistema de realização de pesquisa, que vai permitir a fácil realização de pesquisas de opinião e permitirá traçar, por exemplo, o perfil sócio-econômico dos estudantes da Universidade. O lançamento desse sistema está previsto para abril deste ano.

No entanto, a novidade da “Proativa Systems” é o desenvolvimento de um sistema de atendimento ao cliente via internet, denominado Proatende. Segundo Fabiano Amorim, o sistema, que está em fase final, beneficiará as empresas que o adquirirem porque aumentará as chances de conquistar o cliente. “Geralmente, quando um cliente visita um site empresarial não encontra logo o que quer ou às vezes a informação não está suficientemente clara. Com o Proatende, esse cliente já poderá ser atendido e ter suas dúvidas esclarecidas na mesma hora, através de chats”, explica Fabiano. “A empresa só tem a ganhar porque esse sistema vai também registrar as conversas, mostrar quem foi o atendente, o tempo de duração da conversa, dentre outras vantagens. Além disso, o cliente não vai precisar ficar gastando telefone à toa”, finaliza Fabiano Amorim.

Os interessados em conhecer mais as incubadoras podem acessar os sites: www.incubadora.ufal.br/incubal e www.incubadora.ufal.br/espacogente. Já quem quiser ter mais informações sobre o trabalho desenvolvido pela Proativa Systems, pode acessar o endereço: www.proativasystems.com.

Por  Rose Ferreira – assessoria de comunicação Ufal