Aluno do Pólo Palmeira conta a inesquecível experiência na Europa

"A interiorização da Ufal me fez viver outras experiências, como a de estudar em Portugal. Estar em Lisboa foi para mim uma experiência que jamais pensei viver um dia, enriquecedora em todos os aspectos da vida", disse Jalon Nunes, aluno do curso de Serviço Social do Pólo Palmeira, o único do campus do interior a ser selecionado para o Programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades.

19/03/2009 08h38 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h35
Jalon Nunes

Jalon Nunes

Diana Monteiro - Jornalista  

Órfão de pai, que era agricultor, Jalon Nunes tem três irmãos, fez o ensino fundamental e médio em escola pública no município onde nasceu, Palmeira dos Índios, e é ainda o único da família que está na universidade. Entre os dois cursos ofertados no pólo (Psicologia e Serviço Social), escolheu o último por se sentir mais identificado.

“Na realidade, enfatiza Jalon, sem a interiorização da Ufal jamais eu poderia cursar uma universidade pública e federal. Eu tinha que escolher um curso do pólo Palmeira por não ter condições de estudar em outro município e muito menos na capital”, explica o aluno.

Cursando o 3º ano de Serviço Social, Jalon ficou como aluno do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (Portugal) e constatou realidades sociais diferentes entre aquele país e o Brasil.

A realidade social de Portugal, na opinião do aluno, pede uma intervenção diferenciada, mas em conhecimento teórico, a universidade alagoana não deixa nada a desejar diante do que ele estudou na Europa. "O projeto pedagógico da Ufal é mais avançado, adequa-se à realidade brasileira, que é marcada pela desigualdade social. Mas essa troca de experiência foi muito importante para a minha formação acadêmica e pessoal”, reflete Jalon.

Segundo ele o segmento mais discriminado, atendido pelos serviços públicos em Portugal, são as comunidades de ciganos, grupos de imigrantes e viciados em drogas.  "A área de Gerontologia de Portugal sobressai-se como uma das mais avançadas" disse Jalon. Ele conclui o curso em 2010 e não pretende parar de estudar, quer fazer pós-graduação para disputar o que tanto almeja: seguir carreira acadêmica.

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Texto escrito por Jalon Nunes, em janeiro deste ano, relatando o cotidiano na Europa