Setor público investe na produção de açúcar e álcool


06/02/2009 13h24 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h09
Reitora Ana Dayse Dorea, reitores e equipe da Embrapa

Reitora Ana Dayse Dorea, reitores e equipe da Embrapa

O presidente da Embrapa Silvio Crestana recebeu, na terça-feira, 2 de fevereiro, a visita do presidente da Rede Interuniversitária de Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), Valmar Corrêa de Andrade, com o objetivo de definir a agenda de pesquisa e desenvolvimento para cana-de-açúcar.

A reitora Ana Dayse Dorea participou da reunião em Brasília, como convidada da Embrapa, para discutir a ampliação das ações da Ridesa – rede composta por dez universidades federais que faz pesquisa na área de melhoramento genético da cana-de-açúcar. Também estiveram presentes à reunião os reitores da universidade Federal Rural de Pernambuco e da federal de Goiás.

Uma das definições da reunião é que a Ridesa disponibilizará para as unidades de pesquisa da Embrapa material genético desenvolvido pelos Programas de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar, exclusivamente para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas com biotecnologia em parceria com suas universidades.

A idéia de procurar a Embrapa para trabalhar em conjunto, segundo Valmar, partiu da criação da Embrapa Agroenergia. “É uma unidade estratégica e positiva para a soberania nacional. O objetivo é unir esforços em prol da geração do biocombustível e energia limpa, além da melhoria da produção de álcool e fornecimento de emprego na área agrícola e na indústria”, afirmou.

A ampliação das ações de pesquisa está relacionada  ao Plano Nacional de Agroenergia 2006-2011, especificamente no desenvolvimento de tecnologias agronômicas e industriais da cadeia produtiva do etanol no âmbito da Ridesa.

A Ridesa tem um histórico de 40 anos no setor de açúcar e álcool e desenvolveu mais de 60 cultivares liberadas em todo o país. Cerca de 60% da área cultivada de cana utilizam a cultivar RB (República do Brasil) gerada pela rede.

Para Sílvio Crestana, a parceria é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. “É importante tanto na lógica da economia de recursos públicos quanto na troca de experiências entre as duas instituições”, comentou.

De acordo com o diretor-executivo da Embrapa, Geraldo Eugênio, a Embrapa poderá contribuir com a experiência na área de fixação biológica do nitrogênio, zoneamento agrícola, biotecnologia, entre outras.

Para oficializar a parceria, será assinado um protocolo de intenções e organizado um workshop para definir projetos cooperativos.  Para o próximo mês de março já está definida uma reunião entre os técnicos das universidades que compõem a Ridesa e da Embrapa para discutir estratégias para o desenvolvimento de pesquisas na área de Bioenergia.

Juliana Freire – Jornalista/Embrapa

Diana Monteiro – Jornalista/Ufal

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