Fechando a programação de palestras da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, foi realizado no último domingo (20), um ciclo de encontros sobre o teatro de rua e a importância da valorização do circo alagoano e do Brasil. A iniciativa foi promovida pelo professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ivanildo Piccoli, que ministrou as palestras: Histórias do Circo Alagoano e do Brasil; Histórias e Estudos dos teatros de rua e arte pública; e Histórias e Estudos do Pluriverso das Máscaras: em Alagoas e no Brasil.

A segunda palestra, inclusive, chamou bastante atenção. Antes de começar, um grupo de artistas apresentou uma encenação de teatro de fantoches com histórias de Toni Edson, professor, ator e diretor da Ufal e da Escola Técnica de Artes (ETA), que deixou um legado e marcou a produção e a disseminação do teatro de rua em Alagoas. Toni faleceu em 2021.

Logo depois, outro espetáculo intitulado Palmares Nossa Nação foi apresentado pela atriz Jany Santos. A artista Ritoca também mostrou um boneco mamulengo, feito por ela, e falou um pouco sobre o processo criativo.

Em vez de ser uma palestra formal, aconteceu uma espécie de diálogo entre a plateia, as memórias sobre o teatro feito por Toni Edson e a discussão que Piccoli trouxe para o evento. Foram abordados assuntos como a contação de história, a dramaturgia desenvolvida nos camelôs, o profissionalismo e a boa execução de técnicas cênicas por artistas de rua, devido às suas experiências de improviso.

“Há riqueza dramatúrgica e cênica em quem faz teatro de rua. São artistas mais preparados do que artistas de palco, que já tem sua luz preparada, que tem fama. Artistas de rua trabalham muito mais, e se tornam muito mais técnicos e conscientes em cena”, disse o professor.