Crianças do Colégio de Aplicação da Ufal visitam Bienal e se encantam

Curiosos e bastantes animados. Essa era a expressão dos 19 alunos do Colégio de Aplicação Telma Vitória da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que visitaram o Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, para conhecer a Bienal do Livro. Eles não disfarçaram o brilho nos olhos ao conhecer cada cantinho do maior evento cultural e literário do estado.

Antes mesmo de entrar no Centro de Convenções, cada um ganhou uniforme especial, recebeu uma identificação e fizeram um lanchinho. Eles também garantiram aquela belíssima foto em grupo no painel principal que fica logo na entrada do evento e passearam curtindo cada momento.

De tanto ouvir, mas mesmo sem saber do que se tratava, eles falavam: “Titia, quero ver aquela bola grande”, referindo-se à Maloca. Ansiosos, os pequenos não hesitaram em assistir a contação de história, uma das atrações do Serviço Social do Comércio (Sesc). A contadora Luciene Albuquerque prendeu atenção com a historinha Campo Santo e os pequenos e pequenas adoraram.

A professora da turma de Educação Infantil do 2º período, Isabel Freitas, disse que eles estavam com expectativa a mil, principalmente por adorarem leitura e todo cenário lúdico e imaginário que existe como centro da Bienal. “Esse momento será único, muito legal. Eles já fazem leitura na escola e agora vamos iniciar um projeto de leitura ambulante que eles vão levar para casa”, contou.

Segundo a docente, participar da Bienal vai ajudar os pequenos desenvolver ainda mais um gosto pela leitura. “Vamos procurar comprar os livros que já possam usar no projeto. Eles também irão levar para casa os livros da escola dentro de uma bolsinha e a proposta é ler com os pais, familiares e responsáveis que convivem com eles”, disse ela.

Isabel listou ainda que os livros mais queridinhos da criança são de fantasia, de natureza mística, que envolve muita natureza. “Eles amam histórias que envolvem natureza”, revelou a professora.

Vale-livro

Sobre o benefício concedido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) tanto para alunos (20 reais) quanto para professores (80 reais), respectivamente, Isabel disse que veio em boa hora. “Eu achei fantástico, têm crianças que, às vezes, não têm condições de comprar o livro, e esse vai ser o momento de eles adquirirem e levar para casa algo que eles mesmos irão escolher”, disse a docente.

Com o voucher de 80 reais, a professora adiantou que já sabe até o que vai comprar. “Eu escolhi a obra O Brincar e a Realidade, de Donald Woods”, contou ela, ao destacar a importância de se valorizar os profissionais da educação a partir do investimento em conhecimento. “A gente gasta fortunas em livro, então ter um voucher para poder utilizar no evento é muito bom”, concluiu.

Livros preferidos

A estudante da Unidade Infantil, Bianca Louse, adiantou que vai procurar livros de princesa e disse logo qual a preferida: “Cinderela e Ariel”. Ela acrescentou dizendo que se imagina sendo uma princesa. Já Júlia Fernanda disse nunca viu tantos livros e que gosta bastante de ler. “Gosto de livros de historinha e de princesa também”, contou.

Segundo a assistente Social, Amanda Souza, todo projeto de incentivo à cultura sempre é essencial. Para ela, que acompanhou os alunos durante o percurso na Bienal, como os estudantes estão no último ano do ensino infantil, esse estímulo à leitura auxilia no processo de transição para o ensino fundamental.

“Essa visita é muito importante para eles, pois estão no último ano da educação infantil. Então, o incentivo à leitura é perfeito em todos os estágios da vida, mas nesse período em que eles se encontram, que vão participar de uma transição para a educação fundamental, isso é primordial”, disse Amanda.