Nos dias 4 a 11 de abril o Instituto das Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) recebe a visita dos artistas circenses Alexandre Malhone (Familia circense Guaraciaba), Bianca Fina e Samir Jaime (Grupo Duo Caponata), que irão participar da segunda edição da Roda de Conversas de Artes Cênicas da Ufal.

As rodas têm por objetivo unir a pesquisa e a prática do grupo de pesquisa Brincantuar: artífices cênicos, e contempla algumas de suas linhas de pesquisa principalmente integrantes do projeto de extensão em andamento com seus integrantes Histórias do Circo Alagoano: conhecer fazer e divulga com intercambio de artistas nacionais que passam por Alagoas e têm muito a contribuir com a formação acadêmica e propostas artísticas.

Para participar, é preciso realizar inscrição no Sigaa. O evento também marca os dez anos do professor Ivanildo Piccoli como educador em Artes Circenses na Graduação de Teatro Licenciatura e recentemente também na Dança Licenciatura. O período ganha destaque com os muitos resultados dessas disciplinas, que vêm ampliando a atividade circense no estado, muitas pesquisas acadêmicas, TCCs, projetos de extensão, grupos formados, festivais e mostras artísticas fortalecendo a Arte Circense cada vez mais sendo fomentada por participantes e egressos da Ufal.

Outro motivo para esse encontro circense é a comemoração dos Esta rodada (roda no sentido de múltiplas ideias numa mesma discussão, no sentido que o teatro e circo sempre têm a roda como forma estrutural de diálogo e ensino, roda na lembrança das carroças dos artistas circense, mambembes e da commedia dell’arte que se deslocavam em carroções tracionados por grandes rodas, roda no sentido democrático de diálogo entre os pares sem hierarquias, roda no sentido das brincadeiras infantis onde o lúdico prevalece).

Nessa rodada também acontece um intercâmbio com o projeto de extensão Histórias do Circo Alagoano: conhecer fazer e divulgar, onde os alunos da disciplina Pedagogia do Espectador do Teatro Licenciatura trazem espectadores externos da universidade ao contato com fenômeno artístico. Na programação estão previstas várias rodas de conversas e trocas com os convidados especiais, que inclusive irão se apresentar também em cidades do interior com parceria dos alunos que associado as atividades curriculares de ACE e da disciplina de Pedagogia do Espectador.

O evento

A 2ª Roda de Conversas de Artes Cênicas na Ufal é uma iniciativa em parceria do grupo de pesquisa do CNPQ Brincantuar: artífices cênicos, coordenado pelos professores Ivanildo Piccoli e Marcelo Gianini, dos cursos de licenciatura em Teatro e Dança e do projeto de extensão Histórias do Circo Alagoano: conhecer, fazer e divulgar, pertencente ao edital Programa Vivências Artísticas das pró-reitorias Estudantil (Proest) e de Extensão (Proex) 2022-2023, que é  coordenado pelos professores Alexsandro da Silva, da Escola técnica de Artes (ETA), e Ivanildo Piccoli,

O evento marca a continuação dos ciclos de encontros acadêmicos e artísticos iniciado em abril de 2019 com a 1ª Roda de Conferências de Artes Cênicas na Ufal, que teve como convidado especial o professor Alexandre Mate, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). Trata-se de um ciclo de eventos que o grupo de pesquisa Brincantuar desenvolve com convidados artistas especialmente escolhidos e ligados aos temas das pesquisas em andamento pelas linhas de pesquisa do grupo cadastrado no CNPq.

Artistas

Alexandre Malhone (@alemalhone) Ator profissional é da 5ª geração da família circense Guaraciaba, filho de Jaime Cavalcanti, o palhaço Xicuta e de Guaraciaba Malhone e neto do palhaço Pirolito. Nasceu “no Circo”, e desde os cinco anos, atua como ator de Circo-Teatro. Na adolescência começou a trabalhar profissionalmente como palhaço aos 13 anos, além dos números de trapézio, malabarismo e laço-chicote. Trabalhou nos Circos Teatros: Xicuta, Guaraciaba, Lílian. E nos Circos de Picadeiro: Spacial, Estoril, Jaspion, Hattary, Di Napoli e Beto Carrero. Atualmente é ator profissional e professor de técnicas circenses, no início dos anos 2000 saiu da “lona” e se estabeleceu em Votorantim (SP), onde hoje é também Palhaço de Rua. São dezenas de espetáculos de Circo-Teatro em sua carreira e em destaque o longa-metragem da união do Circo-Teatro Guaraciaba (@cicoguaraciaba) com o Coletivo Cê "A Paixão no Circo". Nos últimos meses começou uma incursão de motorhome pelo Brasil com seu espetáculo, oficinas e intercâmbios.

Duo Caponata - Palhaços na Estrada (@duocaponata)

Bianca Fina (Palhaça Pomodora Bamboleta)

Bia Fina é artista educadora, fotógrafa, atriz licenciada e bacharel em Teatro pela Universidade Anhembi Morumbi, palhaça e técnica em Dança pela ETEC de Artes. Iniciou sua caminhada na arte no ano de 2010 em cursos livres e no Programa Vocacional. Ao longo do tempo, trabalhou em diversos espetáculos como iluminadora, atriz, fotógrafa e videomaker, trabalhou como educadora no SESC Belenzinho, de 2015 à de 2018 em exposições culturais, e deu aulas de teatro em diversos locais da Zona Leste de São Paulo. Em 2022, produziu e atuou no Sarau Indígena pela Casa de Cultura de São Miguel e participou do projeto “Bípede Canino” contemplado pelo VAI 2 2021, como atriz no curta-metragem “Bípede Canino” e no espetáculo “CÃO” e como produtora. Atualmente é integrante do Grupo EntreMundos de Teatro, do Duo Caponata e do Coletivo Ipamakã Ubã Ipa. Estuda circo em diversos lugares e cenopesia com o grupo Buraco D'Oraculo.

Samir Jaime (Palhaço Berinjela Trakinas)

Graduando no curso de Artes Visuais, pela Unicid. É palhaço, ator, diretor, arte educador e produtor cultural, atua no meio teatral desde 1998, quando participou da fundação do grupo teatral Manjericão de Porto Alegre, onde realizava pesquisas trabalho do ator, commedia dell'art, culturas populares e práticas circenses, principalmente com ênfase no teatro de rua, sendo membro atuante até 2011 quando se muda para a cidade de Sorocaba e passa a integrar o Grupo Teatral Nativos Terra Rasgada no qual é membro até o momento. Durante sua trajetória já atuou em 18 espetáculos, participando de festivais e eventos em todas as regiões do Brasil. Formado pela ESLIPA – Escola Livre de Palhaços em 2015, inicia na sequência uma pesquisa pessoal na área da palhaçaria onde monta o espetáculo solo “o grande pequeno circo do Berinjela”, também é coordenador do Núcleo Aclowndemia de Palhaçaria, onde realiza uma pesquisa sobre a arte do palhaço alem de formações e direção de espetáculo. Como produtor cultural atuou em cinco edições da feira de teatro de rua em Sorocaba e duas edições do festival de palhaços de todos os encantos, um em São Paulo e outro em Teresina, três edições da mostra Lino Hojas em São Paulo, Além de tr encontros nacionais de teatro de Rua da RBTR, (rede Brasileira de Teatro de rua). Atua como articulador dos maiores movimentos de pesquisa sobre teatro de rua e políticas públicas de cultura, sendo estes a RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua e o MTR/SP - Movimento de Teatro de Rua de São Paulo.