Crianças da educação infantil da Ufal assistem a espetáculo de dança no Teatro Deodoro

Atividade organizada pela equipe de educadores buscou aproximá-las das diferentes linguagens culturais
Por Thâmara Gonzaga – jornalista
13/05/2022 15h59 - Atualizado em 14/05/2022 às 11h17
Crianças e equipe de educadores da UEI no Teatro Deodoro

Crianças e equipe de educadores da UEI no Teatro Deodoro

Primeira vez no Teatro Deodoro. Primeira vez assistindo a um espetáculo de dança. Tudo era novidade para as crianças da Unidade de Educação Infantil Professora Telma Vitória (UEI), na tarde da última quarta-feira (11).

Olhinhos atentos, observando tudo, na missão de explorar cada movimento realizado pelas bailarinas durante a apresentação do Mariah’s, espetáculo que contempla a história de mulheres brasileiras, guerreiras e resilientes.

Júlia, de 4 anos, descreveu o que viu: “Tinha uma bailarina fazendo de um jeito muito legal no teatro. Gostei!”, contou ela com a propriedade de quem prestou atenção em tudo. E como para a criança o importante é se divertir, ela também garante que foi muito divertido. “Pulei, brinquei, me diverti e tudo!”, disse ela, entusiasmada.

Bianca, de 4 anos, também gostou do que viu: Foi legal porque tinha bailarina dançando balé”. Em um espetáculo sobre mulheres, ela também lembrou da mamãe. “Me diverti muito, brinquei muito e pulei muito. Minha mãe adora quando eu me divirto muito”, afirmou a pequena.

Alguns familiares também tiveram a oportunidade de acompanhar a turma. A Tayná Araújo, mãe do Taylor, foi uma delas. “Eu amei [o espetáculo]. Estão todos de parabéns!”, disse, ao agradecer a equipe da Unidade pelo momento vivenciado.

Assim como os demais presentes, a professora Maria Guerra também se entregou à emoção proporcionada pela dança. “Foi uma experiência maravilhosa assistir ao espetáculo com as crianças e as famílias. O enredo foi muito elaborado, falava das Marias de todas as realidades, iniciando com as Marias da macaxeira e, já ao final, a filha da Maria da macaxeira era uma estudante universitária bolsista. Fiquei muito emocionada!”, contou.

Ao falar sobre a atividade, considerando aspectos da educação infantil, Maria Guerra destaca o quanto se divertiram, dançaram e cantaram. E assegura: “Essa é uma das experiências entre tantas outras que permitem vivenciar a cultura junto às crianças”.

Arte e aprendizagem

Na infância, são amplas as possibilidades para aprender. E a arte é uma das grandes potências para estimular o cognitivo e as emoções saudáveis de quem está em fase de desenvolvimento. A coordenadora pedagógica da UEI, Charllane Assis, destaca: “A iniciativa foi importante para aproximar as crianças das diferentes linguagens culturais, e o espetáculo é relevante a partir do momento que leva a refletir sobre o universo feminino através da linguagem da dança”.

Já a diretora de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal) e professora aposentada pela Ufal, Sheila Maluf, ressaltou a importância da ação para a formação cultural.“É um grande prazer receber as crianças da UEI da Ufal, que puderam conhecer o principal palco de Alagoas. Nada melhor do que podermos proporcionar às crianças, ainda no período da primeira infância, uma experiência enriquecedora como essa. O contato com a arte faz diferença na formação do ser, em como ele enxerga o mundo, a si mesmo e o leva a ter perspectivas diferentes sobre variados aspectos da vida”, defendeu Sheila.

A coordenadora Charllane ainda acrescenta que a atividade se torna relevante pois muitas crianças experimentavam, pela primeira vez, a satisfação de estar em um teatro. “Além de professora eu também sou mãe e fiquei muito satisfeita em poder promover este momento para as crianças e suas famílias. Sinceramente, eu me emocionei, pois era o primeiro momento que estava vendo tantas crianças e jovens após o período de isolamento social imposto pela pandemia”, contou.

Seguindo o processo contínuo do saber, no dia seguinte ao espetáculo, já na UEI, e como parte da aprendizagem, as crianças tiveram a oportunidade de conversar e externar as impressões pessoais sobre a apresentação.

E, além de conhecimento, a arte também é capaz de promover memórias afetivas, estímulos positivos e plantar sonhos. Lembra da Júlia, lá do início do texto? Então, ela chegou em casa contando para a mamãe e o papai “que quando crescer quer ser uma bailarina, dançando...”