Ministério apoia expedição no Velho Chico que leva ciência aos ribeirinhos

Próxima edição está prevista para o início de novembro
Por Assessoria MCTI com Ascom Ufal
28/03/2022 18h16 - Atualizado em 29/03/2022 às 13h29
Bancos usados na edição 2021 da expedição pelo Velho Chico

Bancos usados na edição 2021 da expedição pelo Velho Chico

A 4ª expedição científica pelo Baixo São Francisco (região entre Alagoas e Sergipe), , realizada em novembro de 2021, se tornou um documentário de 16 minutos lançado este mês no Youtube. Numa iniciativa da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) junto com vários parceiros, a expedição contou com quase 100 profissionais de 35 áreas do conhecimento e percorreu 240 km, passando por 10 municípios, durante 10 dias. A comitiva levou serviços públicos, saúde, educação ambiental e pesquisas científicas a comunidades tradicionais ribeirinhas.

O programa de expedições científicas iniciou em 2018 e tem promovido entre a população ações de saúde bucal, cirurgias de edemas cutâneos, palestras sobre educação ambiental, fisioterapia, doações de equipamentos a escolas; além de estudos científicos para monitoramento da qualidade da água, assoreamento, desmatamento, reflorestamento de matas ciliares e descobertas de sítios arqueológicos. Desde a primeira campanha, a expedição conta com investimento e apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (Sepef).

O coordenador-geral do programa, professor Emerson Soares, explica que a ciência é um grande instrumento para promover a inclusão social e a qualidade de vida para a população ribeirinha. A expedição também tem ajudado a organizar a sociedade civil em torno da preservação do Rio São Francisco por meio do engajamento da população e do poder público.

Os avanços vêm desde a descoberta de sítios arqueológicos, ações sociais como exames de covid na população, inclusão dos currículos escolares da região, da área de educação ambiental, reflorestamentos de áreas marginais, participação em fóruns de políticas públicas como o PAN São Francisco, Cemaden, sala de situação e aumento de instituições engajadas na defesa pelo Velho Chico”, disse.

Soares também destaca a grande divulgação que as expedições têm ganhado na mídia. As expedições ao São Francisco contam com uma página no Instagram e um livro disponível para download. Cada uma das campanhas ganhou um pequeno documentário. A universidade também trouxe até Brasília, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do ano passado uma exposição sobre a empreitada.

A ciência ajuda no conhecimento, na esperança que podemos mudar a realidade da região, servimos de exemplo para crianças e jovens que a pesquisa é uma ferramenta de desenvolvimento sustentável e que é possível usar o meio ambiente, maximizando a geração de renda sem prejudicá-lo”, afirmou Emerson Soares.

A quinta edição da expedição está prevista para o início de novembro. A Ufal já tem coordenado, junto com parceiros, incluindo o MCTI, as ações que serão levadas às comunidades e aos municípios a serem visitados. A instituição pretende incluir ações de saúde da mulher e realização de exames bioquímicos na população.

A 4ª Expedição Científica do São Francisco aconteceu de 1° a 10 de novembro de 2021, e é uma realização da Universidade Federal de Alagoas, em parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a Agência Peixe Vivo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes).


Confira o documentário da 4ª expedição
aqui