O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aprovou, na sessão realizada nesta terça-feira (5), uma moção de apoio aos servidores técnico-administrativos no pleito de reestruturação do atual Plano de Cargos e Carreira. A proposta foi apresentada pela representação da categoria.

O documento aprovado indica que o governo faça “os esforços necessários para o melhor resultado em favor das partes e da melhoria das condições de permanência e fixação de quadros técnicos nas instituições federais de ensino, além da dignidade remuneratória de aposentados e pensionistas”, destaca-se na moção.

De acordo com os conselheiros, já faz algum tempo que os salários dos técnico-administrativos e docentes das Universidades Federais estão perdendo a corrida para a inflação. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) identificou que as perdas acumuladas desde 2015 no grupo de técnicos é de 23,89%.

Depois de mais de seis anos sem nenhum reajuste, os técnico-administrativos foram beneficiados com um reajuste salarial de 9%, concedido em abril do ano passado para os servidores do Poder Executivo. Mas como os salários estavam congelados desde 2017, a categoria reclama que não foi possível recuperar o poder de compra com esse aumento.

A campanha salarial de 2024 dirigida pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), foi unificada com o Sinasefe e Andes. A categoria propõe alterações no Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). As negociações com as categorias continuam e há um indicativo de greve para o dia 11 de março, já aprovado em alguns estados.