A eleição para a futura diretoria do Conselho Federal dos Profissionais da Agronomia, Engenharia e Geociências (Confea), a se realizar no dia 3 de novembro, contará este ano, com a participação do professor Cícero Calazans na disputa nacional. Cícero pertence ao corpo docente do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e exerce suas atividades acadêmicas nos cursos de Agronomia e Zootecnia, onde também está envolvido em vários projetos de extensão e de pesquisa.

Cícero já fez parte do Confea em cargos específicos e quando esteve como conselheiro regional, assumiu a câmara especializada de Agronomia. Também fez parte da Comissão de Ética e da Comissão de Educação e Atribuição Profissional da entidade.  Este ano está concorre, nacionalmente, ao cargo de conselheiro federal representante da Agronomia. A eleição para o Confea será on-line e, segundo o professor, para a participação no processo, cada eleitor receberá o link e a senha pelo e-mail ou pelo celular.

Sobre a importância de participar, enquanto conselheiro, em sua área específica, a Agronomia, ele faz um destaque: “O Conselho Federal tem atribuições que podem ser muito benéficas não só para Agronomia, mas para todas as profissões que compõem o nosso Sistema.  Analisando, relatando e votando processos que interferem diretamente na atuação dos profissionais, tanto no plenário, como nas diversas comissões. Podem atuar por meio de ações no Congresso Nacional; no sentido de sensibilizar os parlamentares a pautarem e votarem, favoravelmente,  projetos de lei que beneficiam as nossas categorias”.

A função e missão do Confea é a de normatizar e regulamentar o exercício profissional, zelando pela defesa da sociedade e do desenvolvimento sustentável do país, observados os princípios éticos profissionais. “É importante que se eleja conselheiros que tenham compromisso com a Agronomia, Engenharia e Geociências, na luta pelos interesses e demandas específicas relacionadas às três áreas”, reforça.

Para a sua atuação ao cargo em que almeja Calazans diz que sua plataforma é dotada de propostas que contemplam duas frentes de trabalho. A primeira, trata sobre a cobrança incansável da fiscalização, por parte dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (CREAs) das respectivas profissões. Isto, diz o candidato ao Confea, “para combater os falsos profissionais e abrir mercado de trabalho para quem tem o seu registro no Conselho”.

A segunda frente de trabalho destacada pelo candidato trata sobre a incansável luta pela valorização do exercício profissional, inclusive, no setor público, com respeito ao salário-mínimo profissional, autonomia das decisões técnicas e exigência de que os cargos técnicos sejam ocupados por pessoas habilitadas. Defende também a mudança na Lei 5194/66, relativa à composição do plenário do Confea, para torná-lo federativo e que, cada estado tenha um representante.

“O fortalecimento das entidades de classe ampliando os campos de aplicação de recursos financeiros, também está entre as propostas. Atuaremos em total sintonia com o CREA de Alagoas, assim como, entidades de classe, instituições de ensino e, principalmente, com os profissionais. Também lutaremos na defesa das nossas profissões como agentes do desenvolvimento científico e tecnológico nacional”, reforça.

A diretoria do Confea é composta pelo presidente, vice-presidente e cinco diretores. Sobre o que representa para o Ceca e para a Ufal ter no Conselho Federal da entidade um membro da instituição, Calazans enfatiza: “Somos o sistema educacional formador de profissionais para o mercado de trabalho onde o sistema profissional atua, e nada mais importante do que um conselheiro pertencente a um sistema fazer parte de outro para conectar um ao outro nas suas diretrizes sem interferir nas suas atribuições”.

Docência conectada com atividades científicas

Graduado em Agronomia pela Ufal, onde ingressou há 41 anos, em seu percurso profissional na instituição, Cícero Calazans também pertenceu ao quadro de servidor técnico- administrativo. Mestre e doutor pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), tem como área específica de atuação acadêmica a de Processamento de produtos agropecuários e avaliação de imóveis rurais.

“Ao longo da minha vida acadêmica, uma das minhas ações foi a elaboração do primeiro programa de extensão do Ceca. Desenvolvi vários projetos de extensão nos assentamentos rurais e capacitação de trabalhadores rurais, assim como, realização de pesquisas  de beneficiamento de alimentos e uso de resíduos na produção agrícola”, destaca. No Ceca ele leciona as disciplinas: Tecnologia de produtos agropecuários, Tecnologia de Produtos Agroecológicos, Processamento de produtos lácteos e ovos avaliação e Perícias de imóveis rurais.

Nas atividades práticas dos projetos executados sob sua coordenação no âmbito do Campus Ceca e no interior de Alagoas, em áreas e ambientes específicos, Cícero diz que conta com parcerias. São parceiros das ações a Embrapa, Emater - AL, Instituto Federal de Alagoas (Ifal - Campus Satuba) Secretaria de Agricultura de Arapiraca, Codevasf, Rotary Club e usinas locais.

“Os projetos contam com participação de estudantes e o desenvolvimento de ações conciliando a teoria com a prática, por meio de projetos de extensão, empresa  júnior e iniciação científica, possibilitam aos graduandos executar os conhecimentos aprendidos em sala de aula. O que resulta na otimização da formação acadêmica com positividade também na formação dos futuros profissionais da área”, afirma Cícero Calazans.