Trabalho aplicado às ciências forenses ganha 1º lugar em evento

Servidora da Ufal apresentou trabalho na modalidade oral e deu grande contribuição na área de perícia em locais de crimes e balística forense
Por Manuella Soares - jornalista
16/11/2020 14h53 - Atualizado em 19/11/2020 às 09h36
Cristiane Vieira Costa, prêmio de melhor trabalho apresentado

Cristiane Vieira Costa, prêmio de melhor trabalho apresentado

Usando métodos inovadores, Cristiane Vieira Costa, mestre pelo Programa de Pós-graduação em Química e Biotecnologia (PPGQB) da Ufal, recebeu o prêmio de melhor trabalho apresentado num evento considerado o maior da América Latina em ciências forenses. O Congresso Integrado On-line do 7º Encontro Nacional de Química Forense (ENQFOR) e do 4º Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses (SBCF) foi realizado de 9 a 11 de novembro.

O trabalho de Cristiane, intitulado Efeito do envelhecimento de impressões digitais latentes reveladas por eletrodeposição do PEDOT, foi apresentado na modalidade oral e contou com a colaboração dos professores Josealdo Tonholo e Adriana Ribeiro, além do perito da Polícia Federal Alexandre Assis.

Servidora da Ufal no Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), Cristiane conta que o estágio na PF realizado ainda durante a graduação despertou o interesse pela linha de pesquisa voltada para a aplicação de métodos eletroquímicos em ciências forenses.

Quem já assistiu seriados policiais como CSI, por exemplo, deve ter observado que os peritos costumam aplicar pós reveladores sobre diferentes superfícies na busca de impressões digitais deixadas como vestígios no local de crime”, contextualizou, e destaca o diferencial que sua pesquisa propõe: “Um material condutor de eletricidade chamado PEDOT é depositado na forma de um filme fino sobre superfícies metálicas contendo impressões digitais, revelando o padrão característico das linhas da impressão digital presente na superfície”.

Segundo Cristiane, identificar impressões nos estojos de munição é um dos maiores desafios dos peritos e papiloscopistas, mas o resultado da pesquisa deu uma grande contribuição. “Foi possível obter imagens detalhadas das impressões digitais reveladas com o material proposto com resultados muito promissores, inclusive em impressões digitais envelhecidas que foram deixadas sobre a superfície por 30 dias”, destacou, animada com as possibilidades abertas para a área.

Sobre o evento

Organizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a SBCF, o Congresso Integrado do 7º ENQFOR e 4º Encontro da SBCF acontece a cada dois anos e, desta vez, foi totalmente virtual. O evento contou com uma programação distribuída em 12 salas temáticas simultâneas com diversas palestras, conferências e mesas-redondas, além de minicursos.

A professora Adriana Ribeiro, o perito Alexandre Assis, aluno do PPGQB, foram coordenadores na sala temática de Biometria Forense e destacam que por ter sido um evento on-line, contou com a participação de vários pesquisadores internacionais.

O trabalho de Cristiane Vieira foi eleito o melhor entre todos apresentados no Congresso e contemplou a área de Perícia em locais de crimes e balística forense.