Prevenção e combate ao assédio moral são temas de debate na Ufal

Projeto está em construção e tem como público-alvo docentes e técnicos administrativos

26/10/2017 13h13 - Atualizado em 26/10/2017 às 14h52
Debate sobre assédios moral e sexual foi realizado no CIC

Debate sobre assédios moral e sexual foi realizado no CIC

Letícia Sant’Ana - estagiária de Jornalismo

O projeto para prevenção dos assédios moral e sexual destinado aos servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foi apresentado na 4ª Reunião do Fórum de Saúde Mental, realizada nesta quarta-feira (25), no auditório do Centro de Interesse Comunitário (CIC). O plano faz parte da proposta de prevenção e promoção do bem estar e qualidade de vida dos servidores por meio da Coordenação de Qualidade de Vida no Trabalho (CQVT) e do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass), que tem o objetivo de prevenir a prática do assédio nos ambientes de trabalho, informar e oferecer apoio aos possíveis servidores que sofrem esse tipo de violência.

“O assédio moral não é um fenômeno recente. É possível afirmar que é tão antigo quanto o próprio trabalho. Relacioná-lo às relações no trabalho é o desafio e a prevenção é a melhor forma de evitar o sofrimento moral e adoecimento do servidor”, afirmou a enfermeira Maria Zélia de Araújo. O plano prevê a realização de simpósios, seminários anuais e oficinas nos ambientes de trabalho, rodas de conversa mensais em diferentes ambientes de trabalho, aplicação de questionário de identificação do assédio moral na Ufal, reuniões de equipe e estudos quinzenais, além da construção de uma cartilha e da minuta de resolução sobre assédio.

Estão na cartilha pontos como a definição do que é assédio sexual e moral, as características do assédio moral no serviço público, as formas nas quais se apresentam, o que fazer caso aconteça e quais as principais medidas de prevenção. Outra proposta em construção é a da minuta, apresentada pelo enfermeiro Samuel Correia durante a quarta reunião do Fórum Nise da Silveira. “O que mais se pergunta é o que a Universidade tem feito em relação à pessoas que sofreram assédio e a quem promoveu. Chega um ponto de limite da nossa atuação, onde entra a parte jurídica, e com essa proposta, a Universidade não fica inerte da discussão”, afirmou.

O Fórum de Saúde Mental é formado por dois Grupos de Trabalho (GT) com duas linhas de ação: um trabalha a política de saúde mental no contexto da Universidade, discutida na primeira parte do encontro; e o outro trata da possibilidade da criação da rede de saúde mental, incluindo a Ufal.