Jhonathan Pino – jornalista

A última semana de agosto começou com mais uma solenidade de posse na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A segunda-feira (24) foi a primeira de Rafael de Oliveira e Gabriela Correia na instituição, após um período longo de espera.

Foram quase cinco anos para que a bióloga Gabriela Correia pudesse ser empossada, desde que fez o concurso em 2010. Ela disse que sabia que a probabilidade de ser chamada era remota, já que havia apenas uma vaga disponível, conforme o edital, mas a sorte não a deixou na mão e apesar do longo período para que o grande dia chegasse, conseguiu voltar à Universidade onde fez a graduação, agora como servidora.

“Eu queria dizer que hoje é aniversário da minha mãe. A data da posse é a data de aniversário dela e ela foi uma das pessoas que mais estiveram do meu lado nessa luta. Eu comecei como professora, assim que eu terminei a faculdade, eu fui para a sala de aula. Eu gostei da experiência, mas a minha meta era ser bióloga. Eu tinha esse desejo e daí surgiu a oportunidade de fazer o concurso e desde 2010 venho batalhando por isso”, lembrou Gabriela, que disse estar com saudades da época em que fazia pesquisas na Ufal.

A espera nem foi tão grande para Rafael de Oliveira, o novo docente do Campus do Sertão. O recifense havia feito o concurso em novembro de 2014, no entanto, esse tempo de expectativa não lhe foi de má serventia. O servidor pôde entrar no ciclo final do doutorado e já está próximo da data de defesa da tese, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Sociólogo de formação, Rafael será responsável pela disciplina Sociedade, Natureza e Desenvolvimento: relações globais e locais, do tronco inicial dos cursos de Ciências Econômicas e Contábeis, da Unidade de Ensino de Santana do Ipanema. Ele participou da cerimônia de posse acompanhado da mãe e afirmou que ela foi a primeira responsável por sua alfabetização, como também quem o incentivou a fazer esse concurso.

“Eu estou muito feliz. Aproveitando que mamãe está aqui, eu queria agradecer porque ela me possibilitou estudar a vida inteira e faz alguns anos que eu estou me preparando para isso. Era um sonho entrar na docência, no magistério superior. Eu espero continuar assim, sempre empolgado e mamãe sempre me apoiando”, frisou Rafael.

A vice-reitora Rachel Rocha, que presidiu a solenidade, lembrou o quanto é decisiva a atuação dos pais nos diferentes momentos da vida profissional dos filhos. “Geralmente os pais são pessoas presentes nesse processo, tanto nos estudos, quanto nas primeiras tentativas de entrada no mercado de trabalho. Nas colações, vemos que eles se emocionam mais que os próprios filhos”, lembrou a gestora.