Ufal in Love apresenta: Quando o trabalho se torna a segunda casa

Erivaldo Farias e Rose Ferreira se conheceram na Ufal ainda na época de estudantes

12/06/2015 13h40 - Atualizado em 18/06/2015 às 16h54
Rose e Erivaldo se conheceram ainda estudantes na Ufal

Rose e Erivaldo se conheceram ainda estudantes na Ufal

Jacqueline Freire - jornalista colaboradora

Trabalhar junto atrapalha o relacionamento? Há quem diga isso, mas para Erivaldo Farias e Rose Ferreira isso nunca foi problema. Eles se conheceram durante uma greve: ela fazia parte do Movimento Estudantil Alfa e Ômega, para jovens cristãos; ele resolveu participar de uma das reuniões e a amizade começou. Num luau organizado pelo grupo, Rose e Erivaldo ainda eram apenas amigos. Mas hoje, o casal de servidores da Universidade Federal de Alagoas comemora sete anos de casamento e quase três da filha, Alice.

O interesse, a princípio, foi recíproco, mas silencioso, como contam os dois. “Desde o começo, nos demos muito bem, ele é muito divertido, mas só quando as aulas voltaram e começamos a organizar nossa ida ao Congresso Estudantil, em Fortaleza, é que percebi o interesse dele”, diz Rose. Próximo ao dia dos namorados, ela comentou com umas amigas que estava triste porque não ia ganhar presente. “Estávamos na pracinha dos bancos e, então, ele soltou uma indireta e as coisas começaram a fluir”, complementou.

A versão de Erivaldo complementa o início da história de amor. “Depois do episódio na pracinha, ela me ligava para dar bom dia, dizer que lembrou de mim... Aí fomos para Fortaleza com mais quinze estudantes e voltamos namorando”, revelou o servidor.

Rumo ao altar

Mas somente depois de pedir ao pai de Rose permissão para namorar é que eles oficializaram o relacionamento. O casal já estava no último ano de curso - ele em Serviço Social, ela em Jornalismo. Logo que se formaram, continuaram trabalhando com o Alfa e Ômega, mas foram enviados para cidades diferentes: Rose foi morar no Rio de Janeiro e Erivaldo, em Fortaleza. Seria um ano longe um do outro, mas a saudade não permitiu. Com seis meses distantes, eles se encontraram em Recife para participar de um projeto de verão na UFPE e Erivaldo aproveitou a oportunidade para pedir Rose em casamento.

Quando retornaram para Maceió, iniciaram os preparativos para o casamento, que aconteceu em fevereiro de 2008. E ao contrário do que diz o ditado, a sorte no amor também trouxe sorte no campo profissional. Rose foi empossada como assistente administrativo na Ufal cinco meses depois do casamento. E Erivaldo, seguindo o ritmo, foi empossado em 2013 como técnico em Serviço Social, meses depois do nascimento da filha Alice, em julho de 2012.

Ufal em família

Trabalhar juntos é uma grande felicidade para o casal, que acorda cedo para vir em família à Universidade. Até Alice, que estuda no Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), tem a Ufal como escolinha e como o “trabalho do papai e da mamãe”. A Ufal se tornou um espaço de grandes lembranças para a família. “Sempre que eu passo pela pracinha dos bancos, é impossível não lembrar da cena da indireta com as amigas; sem contar nos lugares que fazíamos as reuniões do movimento... termina que a Ufal é uma segunda casa para a gente”, disse Rose.

Para os dois, o fato de trabalharem no mesmo local só traz benefícios. “É muito bom estarmos sempre por dentro do trabalho um do outro, já que vivemos praticamente as mesmas situações. Podemos almoçar juntos, ter um carro só, conciliar férias... Por outro lado, a vida fica meio misturada, já que há uma extensão do trabalho para casa, acabamos conversando em casa sobre o que acontece aqui”, disse ela. “É praticamente viver um relacionamento em tempo integral, você está perto o tempo todo, uma experiência bem interessante”, contou Erivaldo.

Ufal no presente e no futuro

Para o futuro, o casal planeja seguir carreira acadêmica. “Tenho planos de fazer mestrado, estou cursando uma pós-graduação em Educação aqui na Ufal, mas ainda é difícil conciliar trabalho, estudos e vida pessoal”, explicou Rose. Segundo ela, a busca pelo conhecimento fica muito aflorada quando se trabalha numa Universidade. Erivaldo compartilha da opinião da esposa. “Se você se compromete com a Ufal, não tem como não se comprometer com sua finalidade”, disse ele ao contar também sobre os planos de mestrado e carreira acadêmica.