Ufal In Love apresenta: Nélia Callado e Vladimir Caramori em "Uma coisa puxa a outra"

Com o nosso primeiro casal da série, primeiro veio a engenharia e depois, o amor

02/06/2015 14h28 - Atualizado em 05/06/2015 às 14h00
Com Nélia Callado e Vladimir Caramori, primeiro veio a engenharia e depois, o amor

Com Nélia Callado e Vladimir Caramori, primeiro veio a engenharia e depois, o amor

Jhonathan Pino – jornalista

Quando chegou ao Centro de Tecnologia (Ctec) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o mineiro de São Gotardo, Vladimir Caramori, estava interessado em apenas uma coisa: a linha de pesquisa. “Eu tinha muito contato com os professores da área de Recursos Hídricos do Ctec, que tinham sido meus colegas do doutorado. Então eu não conhecia fisicamente a Ufal, mas conhecia sua história”.

História essa que já fazia parte da família de Nélia Callado, ainda na década de 1960, quando seu pai, Márcio Callado, foi um dos fundadores do curso de Engenharia, onde ela estudaria e voltaria para lecionar, no ano de 1993. “Uma coisa puxa a outra”. Talvez essa frase, citada por Nélia durante a nossa entrevista, se encaixasse na profissão herdada do pai, mas a docente quis torná-la válida, também, para um casamento.

E esse momento chegou. Maio de 2004 foi quando as duas histórias se cruzaram. Por um lado, se ele pesquisava Recursos Hídricos, por outro ela se esbanjava no Saneamento, o que para muitos parece uma soma perfeita. Mas, eles garantem que não, pois nem só de exatas vivem dois docentes das engenharias que não costumam namorar em ambiente de trabalho.

Apesar de a gente trabalhar na mesma Universidade e no mesmo Centro, pelo fato de eu estar na Sinfra [Superintendência de Infraestrutura] e o Vladi estar no Ctec, a gente não se vê na Ufal, mas sim em casa”, diz Nélia, que revela tudo ter começado em reuniões de professores, nos bares, ou nas casas dos colegas. “Até mesmo quando eu estava no Ctec, as nossas salas e blocos eram diferentes e a gente se encontrava mais em reuniões ou na casa de um dos dois”, complementa a servidora.

Da tapioca ao NDI

Logo no começo, quando a gente começou a namorar, íamos muito à praia, comer tapioca”, relembra Nélia. Em menos de dois anos, no entanto, essa rotina mudaria. Eles passariam a morar juntos em 2006, teriam sua primeira filha, Luísa, e posteriormente se mudaram para perto do Campus A.C. Simões, em Maceió, ambiente que também ficaria familiar a primogênita.

Vladimir nos relata essa evolução. “A Luíza, a mais velha, vinha todos os dias de manhã comigo para Ufal, logo cedinho, e voltava no final da tarde. A primeira lembrança que ela tem de escola é o NDI [Núcleo de Desenvolvimento Infantil]. Então eu a pegava no NDI e ela gostava de ir ao Ctec, de passar na sala de um e de outro. Ela ainda tinha uma amiguinha que também era filha de um professor do Centro”, lembra.

Mas, já que em local de trabalho não há clima para romance, morar próximo da Universidade deu oportunidade para que Nélia e Vladimir passassem a dividir bons momentos na própria casa. “O Vladi é muito caseiro, ele gosta de ficar em casa e a gente fica muito tempo em casa mesmo. Como moramos perto da Ufal, almoçamos em casa todos os dias, levamos as meninas para escola: um leva e o outro busca”, completa Nélia, que no final de nossa entrevista nos lembrou mais uma vez que uma coisa puxa a outra.