Proford traz Roda de Conversa sobre Docência Superior para o Pins

Programa tem carga horária de 50 horas e inicia nesta sexta-feira, 12, as atividades online

11/09/2014 18h11 - Atualizado em 11/09/2014 às 18h22

Diana Monteiro – jornalista

Transcorre até esta sexta-feira, 12, no auditório da Reitoria, o Programa de Formação Continuada em Docência de Ensino Superior (Proford) com participação de professores dos três campi da Universidade Federal de Alagoas. O programa tem como finalidade a concepção de uma política de formação continuada em docência superior que concorra para o desenvolvimento de ensino, pesquisas, extensão e gestão. Este ano o Proford foi incluído no Programa de Inserção do Novo Servidor (Pins) que contempla também o segmento técnico-administrativo.

Com carga horária de 50 horas, o Proford é dotado de 20 horas presenciais e 30 de horas online e tem como público-alvo, professores recém-ingressos na Ufal. Nesta sexta-feira o Programa inicia as atividades online e até o dia 17 trabalhará o tema Sala de Aula: como espaço de mediação pedagógica e de abordagem hipertextual.

Roda de Conversa

Com o tema este ano Atualização em Docência Universitária, o Proford teve abertura nesta quinta-feira com uma Roda de Conversa – Compartilhando Docência na Ufal, com participação dos professores Francisco Vieira, do Instituto de Matemática (IM ); Elton Casado, do Centro de Educação (Cedu); Ruth Vasconcelos, do Instituto de Ciências Sociais (ICS); e Maria Gabriela Fernandes, da Faculdade de Letras (Fale).

A importância da relação professor/aluno para o ensino e aprendizagem e a responsabilidade para mudanças sociais foram a tônica da conversa como reforça o professor Elton Casado: “Ser docente, não é ter apenas que dar aula. É também ter o compromisso com a formação do aluno e intervenção social”, disse.

Ruth Vasconcelos retratou a crise de valores que acomete a sociedade com reflexos visíveis na atual relação aluno/professor e da importância de fazer valer a hierarquia com autoridade e não com autoritarismo: “A inversão proporciona o enfrentamento e a falta de respeito, mas temos a responsabilidade de tornar a relação de mútuo crescimento”. Retratou, na oportunidade, os desafios para a Ufal na transformação social de um Estado com críticos índices sociais: “É preciso um olhar diferenciado para os campi do interior”, destacou Ruth dirigindo-se aos docentes com atuação no Campus Arapiraca e do Sertão.

A importância da docência para o aprendizado e de criar condições para superação dos desafios na relação e professor foi enfatizado pela professora Gabriela Fernandes que destacou o prazer de exercer a profissão abraçada por ela há 49 anos. “A Ufal é para mim um bálsamo e aprendizado e gosto muito de ensinar”, reforçou, sobre o papel formador que cabe ao docente.

Fez parte também da programação do primeiro dia do Proford um painel sobre Inovações metodológicas e tecnológicas no ensino superior com as seguintes abordagens: Metodologias ativas ensino-aprendizagem: Otimizando as condições para uma aprendizagem ativa; apropriação da tecnologia na educação superior: desafios e perspectivas: e Sala de Aula interativa e docência. Participaram como palestrantes os professores José Armando Valente, da Universidade de Campinas (Unicamp); Adriana Andrade Carvalho, da Universidade Federal de Sergipe (UFS); e Marco Silva, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).