De degrau em degrau, muitas conquistas

Olivan lembra do período como servidora em vários setores até chegar ao DRCA


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Olivan fala de sua trajetória da Ufal e faz planos para o futuro

Jacqueline Freire – jornalista colaboradora

Quando entrou como servidora da Universidade Federal de Alagoas no início da década de 1980, a atual diretora da Divisão de Registro Acadêmico do DRCA, Olivan Alves da Silva, sentiu-se parte de um momento histórico. Era o primeiro concurso promovido pela Ufal para técnico-administrativos. Até ali, a instituição contava com funcionários contratados, inclusive alguns que vieram com o famoso navio Hope. “Meu primeiro ano na universidade foi no Hospital Universitário. Tinha prestado o concurso para dois cargos, e fui chamada primeiro para ser auxiliar de operações de serviços diversos. Foi uma experiência muito boa lá”, contou Olivan.

Em 1982 ela foi chamada para o cargo de agente de portaria, e foi trabalhar no antigo Centro de Ciências da Saúde (Csau), onde ficou até 1986. “Durante esse tempo prestei vestibular para Pedagogia e quando terminei fui convidada para trabalhar na Propep. Lá comecei a fazer todo o acompanhamento dos cursos de atualização e depois de especialização. Fazia desde o projeto dos cursos até o relatório final”, explicou.

Olivan lembra do período como servidora da Propep, onde ela conta ter tido grande aprendizado: “Tenho os professores Renato Gama e Vera Porangaba como gurus. Houve uma troca muito boa nesse tempo que trabalhei lá e eu aprendi muito com eles e todos os outros servidores”.

Avançando mais

Olivan gosta de aproveitar todas as oportunidades. Primeiro fez um concurso interno e se tornou Agente Administrativo. Depois, em 1987 a Ufal passou por um período de enquadramento de cargos e ela mudou para técnico em assuntos educacionais. A partir daí, os degraus foram só subindo. Fez especialização, vários cursos de capacitação e saiu da Propep em 1991, quando foi convidada para trabalhar como secretária da Coordenadoria dos Conselhos Superiores, antiga COC e atual Secs. “Amei o trabalho lá, só saí por que passei por um período conturbado em família e precisava de um horário diferente no trabalho. Os únicos setores que funcionavam à noite na Reitoria eram a Prograd e o DRCA. Foi assim que vim para cá”, contou.

Após o falecimento dos pais em 2001, Olivan voltou ao trabalho no período diurno e fez uma especialização em Gestão Escolar. “Naquela época os cursos de capacitação da universidade eram muito concorridos, e eu sempre tentava entrar em algum deles”, lembrou. Foi assim, sempre perseguindo qualificações, que a servidora conseguiu, em 2005, todas as classificações no plano de cargos e salários da universidade.

O trabalho no DRCA

“Eu me identifiquei muito com isso aqui”, contou a servidora em meio aos colegas de setor. “Tenho muito orgulho da universidade. Passei por diversos reitores e pró-reitores na minha história aqui e fico feliz em dizer que comecei no primeiro degrauzinho e consegui subir muito. Apesar das dificuldades, é muito gratificante. Tudo tem seu lado positivo e negativo, mas quando a gente quer, consegue fazer muito”, disse.

“Estou chegando ao tempo de me aposentar e vou fazer isso não por que quero parar de trabalhar, mas porque é o momento. Não vou esperar adoecer para sair, quero aproveitar a aposentadoria e fazer as coisas que gosto, quero me aposentar para viver, não para parar”, disse.

Além da Ufal

Mãe de três filhos e avó de quatro netos, Olivan, que já foi pai e mãe ao mesmo tempo, hoje mora sozinha e aproveita o tempo livre para se dedicar a suas duas paixões. Seja em grupo, com a família, em excursão ou com os amigos do Sintufal – onde foi militante e também participou de uma gestão –, ela adora conhecer outros lugares. Sua última viagem foi para Portugal. Outra grande paixão é estudar. “Amo viajar e estudar. Mesmo depois de me aposentar quero continuar estudando, fazer mestrado... Tenho muita vontade de trabalhar com a comunidade também”.

E completa: “Também gosto muito de conhecer pessoas, fazer novos amigos e sou aquela mãezona que adora ajudar os outros”, disse sorrindo sempre. “Passei por muitas dificuldades, mas me considero uma vencedora, hoje estou tendo um retorno por aquilo que batalhei, seja no campo profissional ou no pessoal. Sinto-me muito feliz”, concluiu.