Ufal mantém conceito 4 na avaliação do Índice Geral de Cursos

Inep fez a revisão de cálculo e instituição demonstra que vem num aumento constante da nota, mesmo com todos os problemas decorrentes do arrocho orçamentário dos últimos anos

Por Simoneide Araújo - jornalista
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Mesmo com todos os problemas ocasionados pelo corte de orçamento e a pandemia da covid-19, a Universidade Federal de Alagoas recebeu, mais uma vez, o conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC), referente a 2022. Essa nota, numa escala de 1 a 5,  divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) dia 2 de abril, foi revisada na última quinta (24) e a Ufal cresceu alguns décimos na média final do IGC.

Para o professor Deywid Wagner de Melo, procurador Educacional Institucional da Ufal, esse índice alcançado só reforça o empenho que a Universidade vem empreendendo para vencer as dificuldades enfrentadas nos últimos anos.

O IGC é o indicador de qualidade que avalia as Instituições de Educação Superior (IES) e, de acordo o procurador Deywid Melo, leva em consideração a nota do Enade de cada curso; a formação docente; e a avaliação dos cursos de mestrado e doutorado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “O cálculo é realizado anualmente e leva em conta a média do CPC [Conceito Preliminar do Curso] do último triênio. O triênio considerado para os cálculos do IGC foi de 2019, 2020 e 2021, considerando que não houve Enade em 2020 devido à pandemia da covid-19”.

O procurador ressalta que a nota da Ufal vem crescendo a cada ano, levando em consideração a média do IGC contínuo. “De 2018 a 2022 tivemos aumento considerável no IGC contínuo, de 2,99, em 2018, a 3,3356, em 2022, e isso demonstra o esforço de todos que fazem a Ufal para nos mantermos na nota 4. Estamos no caminho certo porque crescemos a cada ano e esperamos que o IGC contínuo da Ufal continue ascendente para que nossa instituição possa projetar, para o novo quinquênio do PDI [Plano de desenvolvimento Institucional], a conquista da excelência acadêmica com o IGC 5”, revelou Deywid Melo.

Outro ponto reforçado pelo procurador Deywid Melo é o trabalho realizado pela Procuradoria Educacional Institucional (PEI) para melhorar os índices da Ufal. “Fazemos seminários sobre Enade [Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes] a cada ano, com orientações aos docentes, coordenadores de curso e, sobretudo, aos discentes, pois é fundamental a participação de estudantes nesse exame, bem como na resposta dos questionários, pois esses mecanismos pontuam na formulação do conceito Enade, além do próprio desempenho do estudante”, completou.

Ele destaca ainda: “A questão do desempenho do estudante na prova no Enade é algo que precisa ser refletido pelos docentes, NDEs e colegiados de cursos no tocante à forma como estão sendo ministrados os conteúdos pelas disciplinas e qual metodologia deve ser mais adequada para garantir a aprendizagem mais efetiva. Outro ponto é que o PPC [Projeto Pedagógico do Curso] deve ser analisado, considerando o fato de estar de acordo com o perfil de egresso exigido na atualidade de cada área”.