Alunos da Ufal criam aplicativo para detectar uso de EPI e proteger trabalhador

"Detecção de EPI" busca identificar falhas e trazer mais segurança para empresas e colaboradores
Por Ascom Edge Ufal
05/04/2024 10h48 - Atualizado em 05/04/2024 às 10h58
Estudantes envolvidos no desenvolvimento do aplicativo Detecção de EPI

Estudantes envolvidos no desenvolvimento do aplicativo Detecção de EPI

Setor essencial nas empresas, a Segurança do Trabalho objetiva proteger a integridade física dos trabalhadores, com normas, atividades e ações preventivas. E pensando em automatizar processos no segmento, estudantes do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que fazem parte do Edge Academy, estão desenvolvendo um aplicativo voltado para atividades laborais, o 'Detecção de EPI', que identifica, por meio de um modelo treinado, o uso de equipamentos de segurança nas empresas.

"A ideia surgiu conversando com uma pessoa que é técnica em segurança do Trabalho, que explicou ser uma área com processos ainda muito manuais, por isso, sujeita a erros. Então, diante disso, tivemos a ideia de tentar automatizar o processo”, explicou o estudante Edvar Neto, responsável pelo projeto junto com os alunos João Costa e José Dantas, todos do 5° período de Ciência da Computação da Ufal.

Eles realizaram pesquisas que comprovaram que o processo de segurança do trabalho é, de fato, ainda muito manual. Nas entrevistas realizadas, eles receberam relatos de diversas falhas, como a falta de uso de equipamentos quando há um volume maior de colaboradores, bem como a utilização de equipamentos de proteção da maneira incorreta.

"Além da pesquisa e de entrevistas, fizemos testes de API e verificamos que seria possível identificar os equipamentos de segurança e, dessa maneira,  automatizar o processo”, pontuou Neto. Os estudantes utilizaram a arquitetura de rede do Yolo, que é a base da rede neural do projeto. Já como linguagem de programação, os alunos adotaram Python e, para as requisições, Flask.

A ideia inicial era processar imagens estáticas enviadas para o software, para identificar onde faltavam equipamentos básicos de segurança, que seriam marcados pelo modelo. No entanto, os estudantes foram além, e dividiram o projeto em duas funções distintas - o 'Falcão', de imagens estáticas, e o 'Big Brother'.

O Big Brother consiste num modelo em live stream, ou seja, por meio de câmeras de segurança instaladas em uma empresa, o software consegue identificar os equipamentos de segurança de todas as pessoas que passam pelas câmeras em tempo real, verificando se o uso está sendo feito da maneira adequada.

O que é o Edge Academy

Viabilizado com recursos da Softex, o Edge Academy é o projeto de formação de talentos do Centro de Inovação Edge, voltado para os alunos do Instituto de Computação da Ufal, que busca promover a excelência acadêmica, desenvolver habilidades e competências, além de preparar os estudantes para a vida profissional desde o início da graduação.