Unidade Docente Assistencial promove conversa sobre o Dia da Visibilidade Trans

Órgão é porta de entrada para o Espaço Trans, importante local de acolhimento no Hospital Universitário

Por Ascom Ufal com Ascom HU
31/01/2024 16h12 - Atualizado em 02/05/2024 às 14h49
Grupo participa de roda de conversa sobre visibilidade trans na Unidade Docente Assistencial

Grupo participa de roda de conversa sobre visibilidade trans na Unidade Docente Assistencial

No último dia 29 de janeiro, data em que é celebrada a visibilidade trans, a Unidade Docente Assistencial (UDA) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio do grupo de apoio LGBTQIAPN+, promoveu uma roda de conversa sobre o tema. A UDA é a porta de entrada para o ambulatório trans do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU).

O encontro contou com a presença dos participantes do grupo de apoio, do Espaço Trans e profissionais ligados à causa, que falaram sobre a importância desse dia contra a transfobia e em prol da luta das pessoas trans e travestis. Na ocasião, foram partilhados debates e vivências sobre preconceito, medos, angústias, desejos, visibilidade e invisibilidade, negação de direitos, redes de fortalecimento e assuntos que permeiam o tema.

A psicanalista e primeira mulher trans advogada do estado de Alagoas, Áurea Vasques, destacou que tanto o Espaço Trans quanto o grupo de apoio LGBTQIAPN + da UDA são ações importantes para a comunidade. “Essas iniciativas são construções de espaços seguros. Isso é a base para que esse tipo de visibilidade possa acontecer, para que essas pessoas possam se conhecer, se entender e ser atendidas, o que torna possível ser quem são”, enfatizou Áurea.

Formação acadêmica e assistência à população

A Unidade Docente Assistencial proporciona assistência à população circunvizinha e um ambiente de formação acadêmica para alunos de graduação e pós-graduação, sendo um modelo de atendimento e de aprendizagem baseado nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Fernanda Lins, psicóloga do espaço, revelou também como o grupo de apoio LGBTQIAPN + foi idealizado.

“A UDA é a porta de entrada para o ambulatório trans, então, o grupo foi criado no intuito de fazer essa conexão entre os dois espaços, para tentar articular situações de pessoas com dúvidas, de pessoas em situação de vulnerabilidade, de pessoas que precisam de acolhimento, então quanto mais pessoas nesse grupo e quanto mais profissionais participando, melhor”, destacou Fernanda.

Sobre o Espaço Trans

Desde agosto de 2021, o Hospital Universitário conta com o Espaço Trans, idealizado para atendimento exclusivo para o público trans, tendo em vista a importância e necessidade urgente de ofertar uma assistência em saúde digna aos usuários. O local acolhe e atende a pessoa trans para iniciar o processo de avaliação médica para hormonioterapia e outros encaminhamentos.

Atualmente, o Espaço conta com equipe multidisciplinar composta por assistente social, enfermeira com especialidade em saúde mental, psicóloga, endocrinologista e residentes de Psiquiatria. Além disso, o local tem parceria com um professor fonoaudiólogo do curso de Artes Cênicas, que tem laboratório em uma das unidades da Universidade fora do campus.